Demissões em massa de Big Techs desmonstram fragilidade do ramo

Em 2022, a dispensa de funcionários em empresas como Google, IBM, Microsoft e Meta cresceu 649%

Postado em: 21-02-2023 às 12h49
Por: Luan Monteiro
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Em 2022, a dispensa de funcionários em empresas como Google, IBM, Microsoft e Meta cresceu 649%. | Foto: iStock

As grandes empresas de tecnologia, ou Big techs, como são conhecidas, têm realizado demissões em massa em seus quadros de funcionários. Em 2022, a dispensa de funcionários em empresas como Google, IBM, Microsoft e Meta cresceu 649%, e o número deve crescer ainda mais neste no.

Dados da Reuters, em parceria com a CNBC, estimam que, entre outubro de 2022 e janeiro de 2023, ao menos de 51 a 70 mil empregados destas empresas foram impactados por cortes.

A Alphabet, dona do Google, anunciou que deve demitir 12 mil empregados. A Microsoft, por sua vez, informou que ao menos 10 mil funcionários também deve ser dispensados, sendo que a empresa já demitiu cerca de mil trabalhadores em 2022. Outras empresas que devem demitir em grande número são a Amazon (18 mil) e a Meta (11 mil).

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As justificativas para os cortes volumosos são a crise causada pela pandemia da covid-19, a digitalização das forças de trabalho e a desaceleração da economia mundial. Essas empresas também falam que as demissões em massa servem para “enxugar” e “reestruturar” as empresas. Especialistas, por sua vez, afirmam que esses atos são necessários para promover elevação no critério de qualificação e contratação de novos profissionais.

Outra justificativa para as demissões é cortar despesas porque o faturamento com publicidade não vem atingindo as metas estabelecidas. É de se supor que as empresas do setor ousaram tornarem-se gigantes e agora, diante da inflação alta – especialmente nos Estados Unidos e Europa – os anunciantes vem encolhendo os investimentos e, sem eles, não há como sustentar tanta gente.

Além disso, é importante considerar que o mercado de comunicação e prestação de serviços pelo meio digital é um caminho sem volta. Apenas seus operadores precisam bem dimensionar sua capacidade de arrecadação para que seja suficiente para honrar os compromissos de investimentos e desembolso com pessoal e manutenção.

Entretanto, ainda há a esperança de que essas empresas encontrem o seu ponto de equilíbrio e possam prestar serviços cada dia melhores a toda a população.

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