Preço de chocolate dispara e ovo de Páscoa perde espaço entre consumidores
Outros alimentos sofreram uma variação média de 4,5%
Por: Ana Júlia da Cruz Costa
A Páscoa é daqui aproximadamente um mês e os consumidores já começaram a pensar nas opções deste ano. De acordo com o Índice de Preços ao Consumidor, feito pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o chocolate sofreu um aumento significativo nos últimos doze meses: sua inflação foi de 12%. Se comparado com outros alimentos, a variação do chocolate ficou muito acima do índice geral de 4,5%.
Segundo alguns especialistas, a inflação dos chocolates tem diversos fatores responsáveis, principalmente a alta no preço de insumos utilizados em sua fabricação, como leite e açúcar. Além da inflação nacional, os estudiosos também apontam a Guerra da Ucrânia como outra influência, pois encareceu fertilizantes. O evento climático La Niña também impactou, uma vez que atrapalhou a safra no ano passado.
Com essa disparada no preços dos ovos de Páscoa, os consumidores buscam outras opções para a data. Nos dois últimos anos, conforme pesquisa divulgada pela Neogrid, apenas 10% dos consumidores optaram pelo ovo tradicional de chocolate. A expectativa é de que barras e caixas de bombom liderem as vendas deste período.
Apesar disso, algumas das principais marcas de chocolate do Brasil se demonstram esperançosas para as vendas da Páscoa de 2023. A Cacau Show, por exemplo, espera um crescimento de quase 40% em relação ao comércio de ovos de Páscoa do ano passado. Outra empresa que está apostando no sucesso da data este ano é a Lacta, que espera crescer de 10% a 15%. Para alcançar este resultados, as marcas firmaram parcerias com outras empresas e até contrataram mais funcionários.
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