Confiança do empresário recua pela primeira vez após oito meses

A queda do índice em abril é explicada pela queda dos dois indicadores que o compõem: índice de condições atuais e índice de expectativas

Postado em: 19-04-2018 às 14h40
Por: Victor Pimenta
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A queda do índice em abril é explicada pela queda dos dois indicadores que o compõem: índice de condições atuais e índice de expectativas

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI)
divulgado hoje (19) pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) ficou em 56,7
pontos em abril, um recuo de 2,3 pontos em relação a março. A queda é a
primeira em oito meses, após seis meses de crescimento a partir de agosto de
2017 e dois meses de estabilidade.

“O resultado de abril acende o sinal amarelo e indica
revisão das expectativas dos empresários devido ao ritmo de recuperação da
economia, que está mais lento do que o previsto no fim do ano passado”,
disse o economista da CNI Marcelo Azevedo, em nota divulgada pela confederação.

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No cálculo do índice, valores abaixo de 50 pontos indicam
falta de confiança do empresário. Quanto mais acima de 50 pontos, maior e mais
disseminada é a confiança.

Desta forma, apesar de ter apresentado queda, o ICEI está
ainda acima dos 50 pontos e 2,5 pontos acima da média histórica, que é 54,2
pontos. O índice apresenta também crescimento de 3,6 pontos em relação a abril
de 2017, quando ficou em 53,1 pontos.

Componentes

De acordo com a CNI, a queda do ICEI em abril é explicada
pela queda dos dois indicadores que o compõem. O índice de condições atuais,
que avalia as condições correntes dos negócios, recuou 2 pontos, alcançando
51,5 pontos. O índice de Expectativas também caiu, 2,3 pontos, atingindo 59,4
pontos.

Ambos permanecem, no entanto, acima da linha divisória dos 50
pontos, indicando, segundo o estudo que ainda há uma percepção de melhora dos
negócios, mesmo que menos significativa que no mês passado, e que há
perspectivas positivas para os próximos seis meses.

Na comparação com abril de 2017, ambos indicadores
apresentaram crescimento, respectivamente, de 5,5 e 2,8 pontos.

 Fonte: Agência Brasil.

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