CLP: Goiás passa a gastar menos de 60% da receita com salários
Em 2021, somente cinco Estados mantém despesas superiores a esta porcentagem
Por: Francisco Costa
Dados do Centro de Liderança Pública (CLP) informam que Goiás foi um dos Estados que passaram a gastar menos de 60% da receita com salários em 2021. Em 2019 eram 18 entes da federação que ultrapassavam essa porcentagem, entre eles Goiás. Em 2021, apenas cinco: Acre, Minas Gerais, Paraíba, Mato Grosso do Sul e Tocantins.
Vale citar, os 60% fazem parte do limite que a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) estabelece para o gasto com a salários do funcionalismo. Goiás, em 2021, gastava 55,5% dos recursos com essa destinação.
Em relação aos maiores “gastadores”, Minas lidera com 63,9%; Acre com 63,2%; Tocantins, 63%; Paraíba, 60,3%; e Mato Grosso do Sul, 60%. Já os cinco menores: Espírito Santo, 45,3%; São Paulo, 48,7%; Alagoas, 49%; Ceará, 49,5%; e Distrito Federal, 50,7%.
Na avaliação do coordenador de Inteligência Técnica do CLP, Pedro Trippi, a reforma da Previdência de 2019 foi um dos itens que auxiliou na redução do gasto com pessoal. Outro foi uma lei de 2020 que estabeleceu a transparência do governo federal para Estados e municípios para o combate à pandemia. Esta também impediu o reajuste generalizado e contratações.
Piora
Segundo o levantamento, as cidades com mais de 80 mil habitantes eram 6,3% das que gastavam mais de 60% da receita com salários. Em 2021, 7,6%.
Por região, Nordeste e Norte possuem as maiores proporções de municípios deste porte com gastos maiores que 60%. A porcentagem, respectivamente, é 21% e 20%. No Centro-Oeste, 11%; e no Sudeste e Sul, 1%.
