Inadimplência já atinge 5,7 milhões de micro e pequenas empresas, revela Serasa Experian

Houve aumento de 4,5% na negativação dos empreendimentos desses portes

Postado em: 02-05-2023 às 12h13
Por: Ícaro Gonçalves
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Houve aumento de 4,5% na negativação dos empreendimentos desses portes | Foto: Agência Brasil

O Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian revelou que, dentre as 6,5 milhões de companhias inadimplentes em março, a maior parcela (5,76 milhões) era composta por micro e pequenos negócios (MPEs). Na relação anual, que compara março deste ano com o mesmo período do ano anterior, houve aumento de 4,5% na negativação dos empreendimentos desses portes.

O segmento que estava mais presente na inadimplência de micro e pequenas empresas foi o de “Serviços”, que representou 52,7% do total. Os negócios do “Comércio” também tiveram uma participação significativa, equivalendo a 38,9% das MPEs negativadas. Em seguida, estava a “Indústria” (7,8%) e a categoria “Demais” (0,5%), que contempla empreendimentos “Primários”, “Financeiros” e do “Terceiro Setor”.

Confira a evolução mensal das empresas endividadas:

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“Atrelados a um cenário econômico ainda instável, os empreendimentos de portes menores são mais suscetíveis à inadimplência. Isso porque, geralmente, possuem menos fluxo de caixa e reservas financeiras reduzidas para arcar com emergências”, diz o vice-presidente de pequenas e médias empresas do Serasa Experian, Cleber Genero.

A análise regional mostrou que o Sudeste foi a região registrada com o maior número de MPEs inadimplentes (3.051.029). O Nordeste ficou em segundo lugar (966.236), seguido pelo Sul (937.695), Centro-Oeste (502.879) e Norte (307.391).

“Essas empresas também contam com muitos empreendedores de primeira viagem, que ainda não possuem um quadro financeiro totalmente estável dentro do mercado e acabam se endividando. Dessa forma, entendemos que cultivar o controle econômico é fundamental para os donos de negócios e que, para isso, é necessário adequar-se de tempos em tempos, utilizando boas estratégias de planejamento, educação financeira e renegociação de dívidas quando for o caso”, finaliza Cleber Genero.

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