Goiânia é a capital mais viável para investidores do setor imobiliário

O preço do metro quadrado em alguns bairros de Goiânia perdem apenas para capitais paulistas

Postado em: 23-05-2023 às 19h49
Por: Maria Gabriela Pimenta
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O preço do metro quadrado em alguns bairros de Goiânia perdem apenas para capitais paulistas. | Foto: iStock

Os números do setor imobiliário apresentam boas perspectivas, especialmente para proprietários de imóveis em Goiânia. Segundo o índice FipeZAP+, os resultados acumulados em 2022 apontam que a capital goiana é, atualmente, a mais viável do país para investidores do ramo imobiliário. No ano passado, a cidade teve uma valorização de 32,9% nos preços médios dos imóveis residenciais para locação, a maior entre as capitais avaliadas pelo índice, calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas. Ainda segundo o cálculo, o reajuste médio praticado em Goiânia, somente no primeiro bimestre deste ano, acumulou uma alta de 7,44%, o maior registrado entre as capitais brasileiras pesquisadas.

Entre os motivos para a alta, está a valorização nos preços dos imóveis do mercado local. O vice-presidente do Sindicato das Imobiliárias e Condomínios do Estado de Goiás (SecoviGoiás), Benjamin Ragonezi, acredita que Goiânia está caminhando para uma condição de igualdade com outras capitais, devido à crescente melhora no padrão construtivo dos imóveis que são lançados e entregues, o que garante itens de padrão mais elevado e, por consequência, maior conforto aos moradores.

“Eles têm cada vez mais itens de melhor padrão e que proporcionam mais conforto aos moradores, tanto em apartamentos quanto nas casas entregues”, explica. Entre estes itens estão: sacadas com área de churrasqueira, pisos de porcelanato e equipamentos para automatização nos apartamentos, além de espaços comuns, como piscinas, academia, área infantil e sala de cinema.

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Para ele, adquirir um imóvel para locação está se tornando um investimento cada vez melhor e mais lucrativo, diante de um cenário de maior demanda do que oferta. “Quando há pouca oferta e uma demanda grande, a tendência é de alta nos preços. Hoje, há uma maior procura e menos unidades disponíveis”, avalia.

Os lançamentos do mercado imobiliário nos últimos anos foram mais centralizados em bairros nobres de Goiânia, como nos setores Marista, Bueno e Jardim Goiás, que recebem imóveis de maior padrão e o preço do metro quadrado chega a ser o dobro da maioria dos outros bairros. De acordo com o FipeZAP+, o preço médio do metro quadrado no Jardim Goiás chega a quase R$ 50, o que corresponde a mais de 70% acima do preço médio em Goiânia. Já no Setor Marista, o custo do metro quadrado da locação ultrapassa R$ 40, quase 70% acima da média da capital. Nestes bairros, o preço do aluguel só perde para cidades paulistas.

Gestão de imóveis

Em Goiânia, percebe-se também o aumento da procura por imóveis destinados à locação para curtas e longas estadias (shortstay e longstay). Com isso, houve ampliação nas formas de gestão para estes empreendimentos. Hoje em dia, os proprietários podem contar com o apoio de empresas especializadas que oferecem serviço completo de administração deste tipo de unidade de hospedagem. Logo, não precisam se preocupar com nada, desde o enxoval até a divulgação no mercado.

Os investidores que não pretendem perder tempo com burocracias e manutenção do imóvel, confiam às empresas a gestão completa da propriedade. Em muitos casos, o retorno do investimento vem a partir de locações por curta temporada, modalidade que tem driblado a vacância no mercado imobiliário. Pessoas que estão na cidade para participar de eventos ou a trabalho costumam apostar neste tipo de hospedagem, sendo uma alternativa para os proprietários manterem seus apartamentos ou flats sempre ocupados e gerando receita para custear despesas fixas do imóvel, como energia elétrica, água e condomínio, enquanto o retorno do investimento aumenta.

A partir de uma ferramenta de mapa de calor (Heatmap), a empresa Stay, que oferece serviços de gestão de imóveis em Goiânia, detectou que, em 2022, a cidade de teve uma ocupação de 52% no segmento de locação.

“O mercado vem se movimentando nessa tendência e mostrando aos investidores que seus imóveis podem se rentabilizar muito mais com o formato de locação shortstay, em comparação ao modelo tradicional. A Stay, por exemplo, registrou uma taxa de ocupação de 70,74% no ano passado, em Goiânia”, completa a head de hospitalidade, vendas e marketing da Stay, Vanessa Pires Morales.

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