Número de endividados cresce novamente em 60%

Segundo a Confederação Nacional do C,omércio, famílias com dívidas passaram de 59,6% para 60,7%

Postado em: 06-09-2018 às 06h00
Por: Fabianne Salazar
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Segundo a Confederação Nacional do C,omércio, famílias com dívidas passaram de 59,6% para 60,7%

O percentual de famílias endividadas e inadimplentes cresceu de julho para agosto, segundo dados divulgados pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A parcela de famílias com dívidas passou de 59,6% para 60,7%. O número daqueles com contas e dívidas em atraso (inadimplentes) também subiu, ao passar de 23,7% para 23,8% no período. 

Também foi observado aumento daqueles que dizem não ter condições de pagar dívidas, de 9,4% em julho para 9,8% em agosto. Por outro lado, houve queda nos três indicadores se comparados a agosto de 2017, quando havia 61,2% de endividados, 25,9% de inadimplentes e 10,6% de famílias sem condições de pagar dívidas.

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O cartão de crédito é responsável por 76,8% das dívidas, seguido de carnês (14,2%), financiamentos de carro (10,4%) e financiamentos de casa (9%). O tempo médio da conta em atraso chegou 64,4 dias.

Cesta básica

O preço dos alimentos essenciais que compõem a cesta básica caiu em 17 de 20 capitais brasileiras em agosto. O levantamento foi divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). As reduções mais expressivas foram em Porto Alegre (-3,50%), João Pessoa (-3,36%) e Salvador (-3,02%). As únicas altas ocorreram em Florianópolis (3,86%), Manaus (1,41%) e Aracaju (0,01%).

A cesta mais cara foi a de São Paulo (R$ 432,81), seguida pela de Florianópolis (R$ 431,30), Porto Alegre (R$ 419,81) e Rio de Janeiro (R$ 417,05). Os menores valores médios foram observados em Salvador (R$ 311,92) e São Luís (R$ 329,42).

No acumulado de 12 meses, os preços médios da cesta caíram em 13 cidades, com destaque para São Luís (-6,51%), Goiânia (-6,29%) e Salvador (-6,08%). Nas outras sete capitais, onde os valores médios aumentaram, os destaques foram Campo Grande (2,70%) e Cuiabá (2,57%).

Nos primeiros oito meses deste ano, seis capitais acumularam taxa negativa, com destaque para Porto Alegre (-1,62%), Salvador (-1,49%) e São Luís (-1,41%). Entre as que tiveram aumento, as principais variações foram 0,49% em Goiânia e 3,79% em Curitiba.

O Dieese calculou o salário mínimo ideal em agosto, baseado na cesta mais cara, de São Paulo. O valor mínimo mensal necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria ser de R$ 3.636,04, equivalente a 3,81 vezes o salário mínimo atual, de R$ 954. Em julho, o salário deveria ter sido R$ 3.674,77, ou 3,85 vezes o piso mínimo do país. (Agência Brasil)

 Preços de commodities sobem 0,83% em agosto

Os preços das commodities, produtos primários com cotação internacional, subiram em agosto. O Índice de Commodities Brasil (IC-Br), calculado mensalmente pelo Banco Central (BC), registrou alta de 0,83% na comparação com julho. Em 12 meses encerrados em agosto, o índice teve crescimento de 28,82% e, no acumulado do ano, alta de 17,11%.

O IC-Br é calculado com base na variação em reais dos preços de produtos primários (commodities) brasileiros negociados no exterior. O BC observa os produtos que são relevantes para a dinâmica dos preços no Brasil.

Em agosto, o segmento de energia (petróleo, gás natural e carvão) apresentou alta de 2,51%. No caso dos metais (alumínio, minério de ferro, cobre, estanho, zinco, chumbo, níquel, ouro e prata), houve queda de 0,72%.

O segmento agropecuário (carne de boi, algodão, óleo de soja, trigo, açúcar, milho, café, arroz, carne de porco, cacau e suco de laranja) anotou alta de 0,61%, no mês.

O índice internacional de preços de commodities CRB, calculado pelo Commodity Research Bureau, registrou queda de 1,15% no mês passado, alta de 15,97% no acumulado do ano e crescimento de 18,84% em 12 meses. (Agência Brasil) 

 

 

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