Crescimento do ensino superior completo no mercado de trabalho
Aumento de 15,5% entre 2019 e 2022, mas desafios persistem
Por: Luana Avelar
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O número de pessoas ocupadas com ensino superior completo apresentou um crescimento de 15,5% entre os anos de 2019 e 2022, de acordo com uma análise realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com base em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PnadC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, é importante ressaltar que esse aumento é mais expressivo em ocupações que não exigem necessariamente esse nível de escolaridade.
Um dado revelado pelo levantamento é o aumento no percentual de pessoas com nível superior trabalhando em cargos como balconistas, vendedores de loja e profissionais de enfermagem de nível médio. Isso indica que, mesmo com a qualificação, muitos profissionais estão ocupando posições abaixo de sua formação.
Esse fenômeno pode ser atribuído, em parte, à ampliação das universidades públicas e aos programas federais de acesso às universidades privadas. O aumento da oferta de vagas no ensino superior possibilitou que mais pessoas concluíssem a graduação, porém nem sempre esses profissionais encontram oportunidades condizentes com sua formação.
O rendimento médio dos ocupados teve uma queda nesse período. Isso evidencia a necessidade de dinamizar a economia e gerar postos de trabalho mais complexos, que valorizem a qualificação e ofereçam melhores remunerações aos profissionais.
Investimentos em setores estratégicos da economia, como tecnologia e inovação, podem contribuir para a criação de empregos mais qualificados e com melhores salários, proporcionando oportunidades para os profissionais com ensino superior completo.