Atraso no pagamento do 13º salário afeta mais de 28% dos municípios brasileiros

Pesquisa da CNM revela preocupação com as finanças municipais e impacto nos servidores e fornecedores.

Postado em: 05-12-2023 às 12h48
Por: Luana Avelar
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Gestores municipais demonstram expectativas divergentes para o próximo ano: 47,6% esperam melhorias financeiras, enquanto 46,7% não acreditam em um cenário positivo. | Foto: Freepik

Uma pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) revelou que mais de 28,6% dos municípios brasileiros enfrentarão atrasos no pagamento da primeira parcela do 13º salário aos funcionários. Isso equivale a 1.246 administrações municipais que participaram do estudo. O prazo para o pagamento, que deveria ocorrer até o dia 30 de novembro, não foi cumprido por essas prefeituras.

O levantamento da CNM foi realizado entre os dias 25 de outubro e 27 de novembro e ouviu um total de 4.456 prefeituras, representando cerca de 80% dos municípios brasileiros. Além do atraso no pagamento do benefício, a pesquisa também identificou que 27,2% das prefeituras acreditam que encerrarão o ano com déficit financeiro, ou seja, 1.214 dos entrevistados.

Quando questionados sobre as expectativas para o ano de 2024, 47,6% das prefeituras afirmaram ter expectativa de melhora nas finanças municipais. Por outro lado, 46,7% das prefeituras não acreditam em um cenário positivo para o próximo ano. Essas informações demonstram a preocupação dos gestores municipais com a situação econômica e financeira de seus municípios.

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A pesquisa também apontou que em 2,7% das prefeituras, a folha de pagamento dos servidores não está em dia. Por outro lado, em 96% dos municípios entrevistados, o pagamento está regularizado. Em relação aos fornecedores, 44,2% dos gestores municipais afirmaram que estão em atraso nos pagamentos, enquanto 53,3% informaram que o pagamento dos prestadores de serviço está em dia.

Diante desse cenário desafiador, a CNM questionou os gestores municipais sobre a forma de pagamento do 13º salário. Sobre a primeira parcela, 28,6% dos municípios afirmaram que irão atrasar o pagamento, enquanto 54,6% já efetuaram o pagamento dessa parcela. Em relação à segunda parcela, 9,4% devem atrasar o pagamento, sendo que 87,7% têm previsão de quitar até o dia 20 de dezembro. Para amenizar a situação financeira, 92,9% das prefeituras esperam contar com o adicional de 1% do FPM que será creditado nos cofres municipais.

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