Governo aprova programa de crédito para hospitais filantrópicos

As taxas de juros a serem cobradas, por meio da linha de crédito, que conta com recursos do FGTS, será de 8,66% ao ano

Postado em: 24-09-2018 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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As taxas de juros a serem cobradas, por meio da linha de crédito, que conta com recursos do FGTS, será de 8,66% ao ano

O novo programa de crédito vai beneficiar entidades filantrópicas que se encontram no ‘vermelho’

Resolução do Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), publicada no Diário Oficial da União aprovou o programa de crédito destinado a entidades hospitalares filantrópicas e sem fins lucrativos participantes do Sistema Único de Saúde (SUS). A medida tem, entre outros objetivos, o de possibilitar operações de crédito para a reestruturação financeira, financiamento de construções, ampliação ou reforma de instalações, aquisição de equipamentos, bens de consumo duráveis e de tecnologia de informação.

As taxas de juros a serem cobradas, por meio da linha de crédito, que conta com recursos do FGTS, será de 8,66% ao ano. O acompanhamento da execução do programa de crédito ficará a cargo do Ministério da Saúde, bem como a tarefa de subsidiar o Conselho Curador com estudos técnicos necessários ao seu aprimoramento operacional e definir as metas a serem alcançadas.

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Ministérios

O ministro do Planejamento, Esteves Colnago, confirmou que a revisão de despesas do governo deverá abrir espaço para liberação de mais recursos para ministérios e outros órgãos federais ao longo dos próximos meses. O valor dessa folga orçamentária, que o ministro não quis antecipar quando deverá ser publicado o relatório de avaliação de receitas e despesas do 4º bimestre deste ano.

“A demanda [por recursos] continua grande, mas vamos manter a racionalidade anterior e aquilo que for manutenção dos órgãos ou despesas obrigatórias serão privilegiados. Essa discussão será melhor aprofundada na semana que vem”, disse o ministro, após participar da cerimônia de comemoração dos 54 anos de fundação do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). 

Segundo Colnago, o próximo relatório de receitas e despesas deve apontar que a situação fiscal do país “está bem encaminhada” e a prioridade do governo, ressaltou, deverá ser a construção de uma agenda de temas que serão discutidos no âmbito da equipe de transição para o próximo governo. 

“A ideia é que o governo que for eleito tenha acesso a um amplo conjunto de informações, de forma transparente e fácil. [Queremos dar] o endereçamento para alguns pontos muito importantes e estratégicos”, explicou, fazendo referência a projetos de interesse do governo em tramitação no Congresso Nacional, sem, entretanto, citar um exemplo.

Estatais

Após ser homenageado pelo presidente do Ipea, Ernesto Lozardo, o ministro do Planejamento elogiou a atuação da autarquia na definição de políticas públicas. “O Ipea é uma instituição de grande qualidade, mais de 90% do seu quadro é formado por mestres e doutores. Tem uma história de auxílio ao setor público, onde é um braço do pensamento estratégico do governo”, disse. 

No balanço sobre as ações do Ipea, Colnago destacou o treinamento oferecido pelo órgão para os conselheiros de empresas estatais e defendeu um “redesenho” para o setor. “As estatais tem um orçamento que ultrapassa R$ 1 trilhão, é preciso ter uma gestão eficiente de recursos. Precisamos de um redesenho para as estatais, para permitir que elas tenham ganhos de produtividade”. (Agência Brasil) 

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