Revisão da CEPAL revela um cenário de baixo crescimento econômico na América Latina e Caribe
Altos níveis de dívida pública e restrições fiscais são desafios apontados pelo relatório
Por: Luana Avelar
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A Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL) revisou suas projeções de crescimento econômico para a região. Segundo o relatório divulgado em Santiago do Chile, a América Latina e o Caribe enfrentam desafios significativos, com uma estimativa média de crescimento de 2,2% em 2023, reduzindo para 1,9% em 2024. Essas projeções refletem questões como o baixo dinamismo do crescimento global e as limitações das políticas fiscais e monetárias regionais.
A análise aponta para uma trajetória de baixo crescimento que contribuirá para a desaceleração na criação de empregos e persistência de disparidades de gênero. O secretário-executivo da CEPAL, José Manuel Salazar-Xirinachs, destacou a necessidade urgente de ampliar políticas de desenvolvimento produtivo, incentivar investimentos e adaptar a estrutura de financiamento para mobilizar recursos.
O relatório revela uma heterogeneidade entre as sub-regiões, com a América do Sul projetada para crescer 1,5% em 2023, América Central e México a 3,5%, e o Caribe (excluindo Guiana) a 3,4%. Para 2024, prevê-se uma manutenção da tendência de baixo crescimento em todas as sub-regiões.Os desafios apontados incluem altos níveis de dívida pública, restrições fiscais devido ao custo de financiamento e uma política monetária restritiva. Para enfrentar a armadilha do baixo crescimento, o relatório destaca a necessidade de políticas macroeconômicas, financeiras e estruturais, buscando gerenciar riscos financeiros, promover a inclusão e reduzir desigualdades, especialmente de gênero. A CEPAL ressalta ainda a importância de reformas na arquitetura financeira e tributária internacional para apoiar a região na busca dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).