Brasil pode encerrar o ano com 6,2 milhões de novos investidores

Pesquisa mostra que, além das aplicações financeiras, população destina as economias à compra de imóveis e bens duráveis

Postado em: 25-10-2018 às 13h00
Por: Fernanda Martins
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Pesquisa mostra que, além das aplicações financeiras, população destina as economias à compra de imóveis e bens duráveis

Da Redação

De acordo com pesquisa realizada pela ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) com o apoio do Datafolha, cerca de 50 milhões de pessoas economicamente ativas das classes A, B e C que não investiram em 2017 declararam que pretendem adotar a prática em 2018 e, destas, 22% pensam em aplicar as economias em produtos financeiros. Caso as intenções se concretizem, serão 6,2 milhões de investidores estreantes no país.

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“Os resultados mostram que, para a população, o conceito de investimento é bastante amplo, visto que nem todos aqueles que desejam investir estão buscando de fato uma aplicação financeira”, afirma Ana Leoni, superintendente de Educação e Informações Técnicas da ANBIMA. 

A maior parcela dos potenciais investidores (40%) afirmou que pretende usar as economias feitas neste ano para comprar ou reformar imóveis e bens duráveis (carros, por exemplo), enquanto 11% esperam destinar o dinheiro à abertura de um negócio e outros 11% aos estudos (próprios ou de filhos e netos).

A pesquisa mostrou ainda que somente um quarto da população investiu em 2017. Os bens duráveis foram as principais escolhas: 11% das pessoas compraram carros ou imóveis; 4% abriram um negócio e 1% pagou os estudos. Apenas 9% dos brasileiros fez alguma aplicação financeira. 

Entre os 75% que não fizeram investimentos no ano passado, a maioria alega não ter conseguido guardar dinheiro. “Poupar é um hábito que deve ser incorporado à rotina de todos. Para que a pessoa vá se disciplinando, uma dica é separar os recursos para essa finalidade logo no início do mês, quando estiver pagando as contas”, diz Ana. “É importante a conscientização sobre a importância de construir e manter sempre uma reserva financeira, independentemente do cenário”, completa.

Para a pesquisa, foram realizadas 3.374 entrevistas em todo o Brasil, distribuídas em 152 municípios, com a população economicamente ativa, inativos que possuem renda e aposentados, a partir dos 16 anos. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

 

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