Produção de Tangerina movimenta R$ 50 milhões em 2023, aponta Ceasa-GO

Goiás está em 7° lugar no ranking nacional, com 2,4% de participação na produção da fruta

Postado em: 15-05-2024 às 07h00
Por: Ronilma Pinheiro
Imagem Ilustrando a Notícia: Produção de Tangerina movimenta R$ 50 milhões em 2023, aponta Ceasa-GO
A Tangerina começa a chegar na Ceasa-GO no final de fevereiro e pode ser encontrada no local até o mês de agosto, quando se encerra a safra | Foto: Eduardo Dias

Goiás produziu 25.726,0 toneladas de Tangerina em 2022, de acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) – Produção Agrícola Municipal – 2022, divulgados pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa).

A fruta conhecida por diversos nomes no Brasil é rica em ácido ascórbico – uma forma ativa da vitamina C, bem como vitamina A, cálcio, magnésio, carotenoides, zinco, fibras e potássio. Além disso, é um importante aspecto que movimenta a economia do Estado Goiano. Tanto é que, coloca Goiás no 7° lugar no ranking nacional, com 2,4% de participação na produção da fruta.

No cenário estadual, alguns municípios goianos se destacam como maiores produtores do alimento. Anápolis é o município com a maior produção, seguido por Nerópolis e Pirenópolis. Compõem o restante da lista, os seguintes municípios: Campo Limpo de Goiás, Goianápolis, Água Fria de Goiás, Hidrolândia, Terezópolis de Goiás, Abadiânia e Alexânia.

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Na última sexta-feira (10) e sábado (11), Goialândia, povoado do município de Anápolis, movimentou a região do Distrito Federal (DF), com a tradicional Festa da Mexerica que contou com centenas de visitantes. A festa celebra a fruta que é o maior vetor econômico do distrito. A cada safra de mexerica, são, em média quatro mil toneladas. Goialândia representa uma parcela considerável da produtividade agrícola de Anápolis .

Além disso, o distrito de Goialândia é um dos protagonistas do desenvolvimento econômico da região, onde estão instaladas grandes fazendas, mas também pequenos produtores da agricultura familiar. Conforme os dados, o  distrito produziu cerca de 24,5 mil toneladas, com área de plantio de 976 hectares e produção de 25 toneladas por hectares, de acordo com último levantamento da pasta.

A produção da fruta contribuiu para que Anápolis tivesse um crescimento médio do Produto Interno Bruto (PIB) de 7,67% ao ano desde 2017, segundo o IBGE. O índice é bem superior à média nacional e da capital Goiânia, que avançou, em média, 5,68% ao ano desde 2017.

A Festa da Mexerica foi a primeira do circuito de comemorações nos distritos em 2024. Interlândia, Souzânia e Joanápolis, como ocorre anualmente, terão eventos que valorizam a produção local, como banana e milho.

Dados da Centrais de Abastecimento de Goiás (Ceasa-Go), mostram que a venda de Tangerina movimentou 50,0 milhões de reais em 2023 no Estado, com 18.375,0 toneladas comercializadas.

Foto: Divulgação

A Ceasa destaca que, por se tratar de uma fruta sazonal, ou seja, a produção só ocorre em períodos específicos, a Tangerina começa a chegar nas centrais no final de fevereiro e pode ser encontrada no local até o mês de agosto, quando se encerra a safra. Nesse período é comercializada em torno de 4,5 toneladas da mexerica ponkan que é a mais procurada pelos compradores, segundo a empresa.

Superintendente de Produção Rural da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), Patrícia Honorato de Carvalho, destaca a relevância de Goiás no nível de produção, que apresenta dados expressivos e colocam o Estado numa boa posição.

Em relação à observância a nível municipal, Patrícia destaca que alguns municípios ocupam uma posição estratégica, com uma logística muito interessante para o mercado consumidor, que são as regiões metropolitanas da capital. “São regiões que são interessantes para essa produção, justamente para facilitar o escoamento produtivo por parte dos agricultores”, comenta a superintendente.

Patrícia Honorato salienta que a Ceasa é um dos principais pontos de  comercialização em Goiás, apresentando valores expressivos dessa produção. Dos mais de 50 milhões de reais comercializados somente em Mexerica, 65% desses produtos que são comercializados têm origem no próprio Estado. “Nós recebemos também de fora, mas a maior parte desses produtos são comercializados com produtores aqui de Goiás”, reitera a superintendente.

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