Mais de 10 milhões ainda não declararam o IR; prazo final se aproxima
Receita Federal espera receber 43 milhões de declarações até o fim do mês
Por: Vitória Bronzati
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Com o prazo final se aproximando, mais de 10 milhões de brasileiros ainda não entregaram a declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2024. Até esta segunda-feira (27), a Receita Federal havia recebido 33.241.079 declarações, o que representa 77,3% das 43 milhões esperadas para este ano.
O prazo de entrega começou em 15 de março e vai até 31 de maio. A Receita ampliou o período para que todos tivessem acesso à declaração pré-preenchida, disponibilizada após a entrega dos informes de rendimentos por empresas, planos de saúde e instituições financeiras.
Declarações pré-preenchidas e desconto simplificado são as opções mais utilizadas
Dos documentos entregues até agora, 65,1% resultarão em restituição, 19% em pagamento de imposto e 15,8% não geram imposto a pagar nem a receber. A maioria das declarações (81,7%) foi preenchida no programa de computador, enquanto 10,7% foram feitas online e 7,6% pelo aplicativo Meu Imposto de Renda.
A declaração pré-preenchida foi utilizada por 40,3% dos contribuintes, que apenas precisaram confirmar ou retificar as informações. O desconto simplificado, que permite deduções automáticas, foi escolhido por 57,1% dos declarantes.
Os contribuintes que declararam no início do prazo e estão na lista de prioridades receberão o primeiro lote de restituição no dia 31 de maio. O Fisco pagará R$ 9,5 bilhões a 5.562.065 pessoas. A consulta para saber se está nesse grupo pode ser feita desde quinta-feira (23).
O recorde de declarações este ano é atribuído à ampliação do prazo de entrega e à antecipação da liberação do programa gerador da declaração, que ocorreu em 12 de março, três dias antes do previsto.
Quem não entregar a declaração dentro do prazo terá que pagar multa de R$ 165,74 ou 20% do imposto devido, prevalecendo o maior valor.
Novidades
A principal mudança na declaração deste ano foi o aumento do limite de rendimentos que obriga a entrega do documento, devido à alteração na faixa de isenção. Agora, é preciso declarar se os rendimentos tributáveis ultrapassarem R$ 30.639,90.
Em maio de 2023, o governo elevou a faixa de isenção para R$ 2.640, o equivalente a dois salários mínimos na época. No entanto, as demais faixas da tabela não foram corrigidas.