Mercado de trabalho goiano supera saldo de contratações de 2023

Emprego formal em Goiás registrou mais de 57 mil novas vagas entre janeiro e abril de 2024, contra 49.275 do ano passado

Postado em: 31-05-2024 às 04h00
Por: Thais Cristina Teixeira
Imagem Ilustrando a Notícia: Mercado de trabalho goiano supera saldo de contratações de 2023
Estado possui mais de 1,5 milhão de pessoas no mercado de trabalho formal | Foto: Divulgação/Secom Goiás

O mercado de trabalho em Goiás gerou um saldo de 57.193 empregos formais nos primeiros quatro meses do ano de 2024, número que supera todo o ano de 2023 quando foram registradas 49.275 novas vagas. O estado também apresentou o maior crescimento relativo do estoque de empregados formais do país (3,77%). Goiás possui mais de 1,5 milhão de pessoas no mercado de trabalho formal.

As informações são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), e corroborado pelo Instituto Mauro Borges (IMB). De acordo com o cadastro, em abril Goiás registrou 13.584 novos postos de trabalho com carteira assinada – a quantidade de admissões (91.738) superou a quantidade de desligamentos (78.154).

Para o governador Ronaldo Caiado, o resultado é fruto de um investimento sério em profissionalização e qualificação. “Goiás está crescendo, ofertando emprego e hoje aumenta a sua renda per capita acima da média nacional. É o estado que mais oferece oportunidades de emprego com carteira assinada e o que mais avança na diminuição de pessoas em estado de pobreza e de extrema pobreza no Brasil”, afirma.

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“As políticas públicas implementadas pela gestão, para capacitação e direcionamento dos goianos para melhores oportunidades de emprego têm demonstrado grande eficácia. Os dados divulgados no Caged também refletem sobre o potencial econômico de Goiás, que, cada vez mais, atrai e fortalece as pequenas e grandes empresas nos mais diversos setores”, destaca o secretário-geral de Governo, Adriano da Rocha Lima.

Pedro Oliveira, um dos novos contratados em uma empresa de tecnologia sediada em Goiânia, compartilhou sua empolgação: “Fiquei surpreso com a quantidade de oportunidades disponíveis. Depois de meses de incerteza, finalmente consegui uma posição que me empolga. Parece que o mercado está realmente se aquecendo novamente.”

Por outro lado, Marcela Santos, gerente de recursos humanos de uma grande empresa de varejo na região, explicou os motivos por trás desse crescimento: “Notamos um aumento na demanda por diferentes setores. As empresas estão se adaptando e expandindo, o que naturalmente leva a mais contratações. É um ciclo virtuoso que está impulsionando o mercado de trabalho goiano.”

Outros recém-contratados também expressaram sua gratidão por encontrar empregos em um momento em que a economia estava se recuperando de períodos turbulentos. Ana Luiza Pereira, que conseguiu um cargo em uma empresa de consultoria financeira, comentou: “Estava preocupada com o futuro, mas Goiás parece estar indo na direção certa. Estou animada para contribuir com meu trabalho.”

O secretário da Retomada, César Moura, avalia que cerca de 90% dos empregos em Goiás são gerados pelas micro e pequenas empresas. “Estamos atentos ao mercado e trabalhando para manter o ritmo de crescimento das oportunidades para os goianos. Por isso lançamos recentemente o Impulso GO Pequenas Empresas, com R$ 1,3 bilhão para investir em capacitação, crédito e oportunidades para os empresários”, pontua.

Na comparação entre abril de 2024 e abril de 2023, quando o Estado registrou 11.586 novas admissões, a quantidade de empregados com carteira assinada em Goiás registrou crescimento de 17,2%. O setor com o maior crescimento absoluto de empregos foi o de serviços, com a criação de 5.212 novos postos formais de trabalho, seguido pelo setor de construção (3.648) e indústria (3.507).

Na variação acumulada no ano, o saldo entre admissões (357.891) e desligamentos (300.698) foi de 57.193 novos postos de trabalho criados. O setor de serviços se destacou novamente, com 22.119 mil novas vagas. A agropecuária registrou um crescimento de 10.855 empregados, enquanto construção e indústria registraram 9.909 e 9.318, respectivamente. O setor de comércio, por sua vez, foi o que menos gerou empregos em 2024, com a criação de 4.994 novas oportunidades.

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