Dólar avança e bolsa cai às vésperas do Copom

Em meio a tensões no mercado interno e externo, dólar sobe a R$ 5,42 e Ibovespa cai 0,44%, pressionado por alta de juros nos EUA e expectativa para reunião do Copom

Postado em: 17-06-2024 às 19h45
Por: Vitória Bronzati
Imagem Ilustrando a Notícia: Dólar avança e bolsa cai às vésperas do Copom
Em contraste com o desempenho do dólar, a bolsa de valores brasileira registrou queda nesta segunda-feira | Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O mercado financeiro brasileiro vivenciou um dia de volatilidade nesta segunda-feira (17), com o dólar comercial encerrando o dia vendido a R$ 5,421, um aumento de 0,73% em relação à sexta-feira (14). A moeda norte-americana alcançou seu maior nível desde 4 de janeiro de 2023, quando estava sendo negociada a R$ 5,452. No acumulado do mês, o dólar registra alta de 3,28%, enquanto no ano o avanço chega a 11,7%.

A valorização do dólar é atribuída a uma combinação de fatores internos e externos. No cenário doméstico, a incerteza em relação ao plano de corte de gastos do governo e a decisão do Copom sobre a taxa Selic influenciaram o mercado. Investidores aguardam detalhes do plano de austeridade e se o Comitê de Política Monetária encerrará o ciclo de cortes da taxa básica de juros na reunião de quarta-feira (19) ou manterá a redução em 0,25 ponto percentual.

No âmbito internacional, a elevação das taxas dos títulos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do mundo, contribuiu para a alta do dólar. Juros mais atrativos nas economias desenvolvidas tendem a atrair capitais de países emergentes como o Brasil, pressionando o câmbio local.

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Em contraste com o desempenho do dólar, a bolsa de valores brasileira registrou queda nesta segunda-feira. O índice Ibovespa, da B3, fechou aos 119.138 pontos, com baixa de 0,44%. Esse resultado coloca o indicador no menor nível desde 9 de novembro de 2023.

A expectativa de que o Copom mantenha a taxa Selic em 10,5% ao ano influenciou o comportamento dos investidores na bolsa. Com a renda fixa se tornando mais atrativa em um cenário de juros altos, parte dos recursos migrou do mercado acionário para investimentos menos arriscados.

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