Queda na produção industrial marca quarto mês consecutivo em Goiás

Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgados pelo IBGE, a produção industrial em Goiás registrou uma queda de 0,9% em abril de 2024, em comparação com o mês anterior

Postado em: 18-06-2024 às 03h00
Por: Ronilma Pinheiro
Imagem Ilustrando a Notícia: Queda na produção industrial marca quarto mês consecutivo em Goiás
No acumulado do ano até abril, a produção industrial em Goiás acumulou um aumento de 11,3% | Foto: Reprodução

Segundo dados da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a produção industrial em Goiás registrou uma queda de 0,9% em abril de 2024, em comparação com o mês anterior, marcando o quarto mês consecutivo de retração na série com ajuste sazonal.

Entretanto, na comparação com abril de 2023, o setor industrial goiano apresentou um crescimento expressivo de 12,7%, alcançando a décima segunda alta consecutiva nessa base de comparação. No acumulado do ano até abril, a produção industrial em Goiás acumulou um aumento de 11,3%.

Esses números refletem tanto os desafios enfrentados pela indústria goiana em curto prazo, influenciados por fatores sazonais e conjunturais, quanto a robustez e resiliência do setor em termos anuais, destacando-se como um dos motores do crescimento econômico regional.

Continua após a publicidade

O significativo crescimento de 12,7% registrado em abril deste ano na produção industrial do estado de Goiás, foi impulsionado por diversas atividades econômicas chave. Segundo dados analisados, algumas das altas mais relevantes contribuíram de maneira substancial para este desempenho.

Entre os setores que se destacaram, a Confecção de artigos do vestuário e acessórios apresentou um impressionante aumento de 224,8%, evidenciando uma recuperação robusta dentro deste segmento industrial. Além disso, a Fabricação de veículos automotores, reboques e carrocerias também teve um crescimento expressivo de 95,5%, refletindo a dinâmica positiva do setor automobilístico em Goiás.

No entanto, é na Fabricação de produtos alimentícios que se encontra o maior destaque deste período, não apenas pela alta de 14,0%, mas também pela sua influência significativa na composição da taxa geral de crescimento da indústria goiana. De acordo com a análise detalhada do órgão, a produção de alimentos foi responsável por 6,79 pontos percentuais do crescimento total de 12,7% registrado no mês.

Dentre os produtos que mais contribuíram para este resultado estão: carnes de bovinos frescas ou refrigeradas, óleo de soja em bruto, carnes e miudezas de aves congeladas, carnes e miudezas de aves frescas ou refrigeradas, além de extrato, purês e polpas de tomate. Estes itens não apenas impulsionaram o crescimento da indústria de alimentos em Goiás, mas também reforçaram a relevância estratégica deste setor para a economia estadual.

Em contrapartida, as atividades com queda no mês foram: Indústrias extrativas, com -10,7%; Fabricação de bebidas, com -8,2%; Fabricação de produtos químicos, com -5,0%; e Metalurgia com uma queda de -0,4%. 

Em suma, a análise das atividades industriais em Goiás no mês de abril de 2024 revela um cenário de expansão vigorosa, sustentada por avanços expressivos em setores-chave como confecção, automotivo e, especialmente, alimentos. Este crescimento não apenas fortalece a posição econômica do estado, mas também aponta para um potencial de desenvolvimento contínuo e diversificado em suas diversas áreas industriais.

Os números da Produção Industrial Mensal Regional (PIM Regional) referentes ao acumulado do ano até abril de 2024 revelam um panorama positivo para a indústria nacional. De acordo com os dados divulgados, houve um crescimento de 3,5% em comparação ao mesmo período de 2023. Esse desempenho foi impulsionado pelo avanço registrado em 17 dos 18 locais pesquisados.

Destacam-se entre os estados com maior crescimento o Rio Grande do Norte, com expressivos 24,4%, seguido por Goiás, que registrou um avanço de 11,3%. Outros estados que apresentaram crescimento acima da média nacional incluem Ceará (7,6%), Mato Grosso (6,8%), Santa Catarina (6,5%), Espírito Santo (6,2%), Amazonas (5,7%), Rio de Janeiro (5,5%), Rio Grande do Sul (5,0%) e São Paulo (4,3%).

Além desses, também contribuíram positivamente para o índice de crescimento industrial os estados de Pernambuco (3,1%), Minas Gerais (2,6%), Mato Grosso do Sul (2,2%), Bahia (1,6%), Maranhão (1,4%), Paraná (0,7%) e a Região Nordeste como um todo (0,6%). Apenas o Pará apresentou um resultado negativo, com uma queda de 1,7% no acumulado do ano.

Veja Também