Pré-sal de Santos completa 10 anos

Dos 30 poços mais produtivos do país, 29 estão nessa região

Postado em: 03-06-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Dos 30 poços mais produtivos do país, 29 estão nessa região

A Petrobras completou 10 anos de produção no pré-sal da Bacia de Santos, com 16 plataformas e mais de 150 poços em operação, que respondem por 90% de toda a produção no pré-sal brasileiro. Dos 30 poços mais produtivos do país, 29 estão nessa região, sendo que a produção média por poço chega a 25 mil barris de petróleo por dia, cerca de quatro vezes mais que os poços do Golfo do México, para citar apenas um exemplo.

Os três maiores campos produtores do Brasil no pré-sal da Bacia de Santos, são: Lula, campo de maior produção da Petrobras com nove sistemas em operação, Sapinhoá, com dois sistemas, e Búzios, com quatro.

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De acordo com o diretor de Exploração e Produção da estatal, Carlos Alberto Pereira de Oliveira, “as características únicas do pré-sal da Bacia de Santos, como a localização em águas ultraprofundas, a camada de sal que chega a 2 km de espessura e a distância de 300 km da costa constituíram desafio sem precedentes para a Petrobras e para a indústria. Mas isso não foi empecilho: dez anos depois do primeiro óleo de Tupi, não só desenvolvemos soluções inéditas para superar os desafios no pré-sal, com o emprego da mais alta competência técnica, como também comprovamos sua viabilidade econômica e batemos uma sucessão de recordes”, avaliou.

Recordes de produção

Em abril, a produção operada pela Petrobras na camada pré-sal bateu dois novos recordes: produção média mensal de 1,94 milhão de barris de óleo equivalente (boe). Além disso, em 16 de maio, a produção operada na área de Lula superou a marca diária de 1 milhão de barris de petróleo por dia (bpd).

Segundo Carlos Alberto de Oliveira, para os próximos 10 anos, a projeção é desenvolver novos projetos de produção no pré-sal em condições ainda mais desafiadoras. “Os blocos adquiridos nos últimos leilões e as recentes descobertas estão localizadas, em sua maioria, em lâminas d´água ainda mais profundas, que variam entre 2.500 e 3.000 metros. Longe de ser uma barreira, a companhia já estuda novas soluções tecnológicas que viabilizem a produção dessas áreas, reunindo, mais uma vez, as mais expressivas competências técnicas da companhia”, revelou o diretor de Exploração e Petróleo da companhia.  

Conselho elege diretor executivo 

O professor de direito Roberto Furian Ardenghy foi eleito em reunião do Conselho de Administração da Petrobras para o cargo de diretor executivo de Relacionamento Institucional da companhia. A indicação do diretor passou por prévia análise pelo Comitê de Pessoas do Conselho de Administração.

Formado em direito pela Universidade Federal de Santa Maria (RS), Roberto Ardenghy, possui também pós-graduação em relações internacionais e diplomacia na Academia Diplomática do Instituto Rio Branco e em economia do petróleo e gás pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (COPPE), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Como diplomata de carreira, ocupou vários cargos em Brasília, na Casa Civil da Presidência da República e nos ministérios das Relações Exteriores, Justiça, Desenvolvimento, Indústria e Comércio, na Secretaria da Administração Federal e nas embaixadas do Brasil em Washington e Buenos Aires.

Segundo a Petrobras, a criação da nova diretoria foi para maximizar a sinergia de estruturas no relacionamento da companhia com seus públicos de interesse, reforçando as atividades de comunicação empresarial e gerenciamento de marcas, ações de projetos sociais e ambientais e relacionamento externo junto ao Poder Público em defesa dos interesses de temas chaves para a companhia.

Em outra decisão, a Petrobras decidiu extinguir a diretoria de Estratégia, Organização e Sistema de Gestão e suas atividades foram distribuídas, considerando as oportunidades e sinergias existentes em outras áreas.  (Agência Brasil) 

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