Mercado de seguros cresce e apresenta estabilidade no país

Contratações de previdências privadas e seguros de vidas estão entre os segmentos mais procurados pelos brasileiros

Postado em: 14-08-2019 às 18h50
Por: Nielton Soares
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Contratações de previdências privadas e seguros de vidas estão entre os segmentos mais procurados pelos brasileiros

Nielton Soares

Em constante desenvolvimento, o setor de seguros estima uma expansão ainda maior até o fim de 2019. Atualmente, no Brasil, a contratação de seguros é representada por 30% das frotas de veículos, 14% das residências e 24% em planos de saúde. Em relação à previdência, apenas 9% da população ativa conta com seguridade privada e as pessoas economicamente ativas somam 13%.   

Para o vice-presidente de Marketing e Relações do Sindicato dos Corretores e Empresas Corretoras de Seguros no Estado de Goiás (SINCOR-GO), Roney Almeida Macedo, acerca da previdência privada, os baixos índices de contrações são devido à cultura dos brasileiros em não investir nesse ramo. Entretanto, ele acredita que a nova reforma da Previdência pode vir a mudar essa tendência. Além disso, o próprio mercado vem adotando medidas próprias para ampliar sua participação em setores como dos pequenos e médios negócios. “O setor vem criando alternativas para o empresariado, atendendo academia, escritório, clinica, escola, que foge das coberturas básicas e oferecendo serviços específicos”, salienta.

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De acordo com o presidente da Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), Marcio Coriolano, o novo governo deve implantar medidas que favoreça ainda mais os segmentos de seguros. Entre as ações estão, por exemplo, as áreas de saúde e possíveis administrações previdenciárias. Além do mais, os projetos de infraestrutura. 

Em Goiás, a expectativa, segundo especialistas, é de que o setor cresça entre 1,5% e 2%. Segundo Macedo, Goiás tem uma dinâmica favorável ao mercado de seguros, assim também com a própria dinâmica econômica goiana. “Se a economia vai bem, todo o setor também segue essa tendência. Se as pessoas compram um carro, automaticamente irá adquirir um seguro. É assim que o ciclo funciona”, aponta.  Até maio deste ano, em Goiás o setor de seguros já arrecadou R$ 2 bilhões em prêmio direto e pagou em sinistro cerca de R$ 660 milhões. O ano passado o faturamento total fechou em 5 bilhões.

É fato que o segmento de seguros está totalmente consolidado no Brasil. Prova disso, é que, mesmo com a crise dos últimos anos, o setor se manteve firme em 2018. Já neste ano, os primeiros meses foram de retomada do ritmo de crescimento e expansão e isso vem animando os analistas. No início do ano, o segmento registrou crescimento de 4,9%, somando R$ 81 bilhões arrecadados (excluindo Saúde e DPVAT – setores regulamentados e fomentados pelo Governo). Os prêmios nos quatro primeiros meses representaram alta nos ramos Marítimos e Aeronáuticos (52,5%), Crédito e Garantias (38,4%), Patrimoniais (16,1%) e Plano de Risco em Cobertura de Pessoas (14,8%).

Como força de trabalho, no Brasil, o mercado de seguros impulsiona a geração de emprego. Atualmente o ramo trabalhista conta com 118 seguradoras, 137 resseguradoras e mais de 1 mil ligadas à área de saúde, além de empregar 90 mil corretores de seguros, mais de 150 mil empregos diretos e cerca de 2,2 mil profissionais peritos, avaliadores de seguros e auditores. 

Ainda de acordo com dados estimados pelo CNseg, em 2018 o setor faturou mais de R$ 442 bilhões, um crescimento de 3,1% em relação ao ano anterior. Em termos reais o segmento não registrou crescimento considerável, porém, a estabilidade foi comemorada pela confederação. Para o presidente da entidade, não dá para analisar mais o segmento pela média, porque alguns ramos beneficiam ou prejudicam no acumulado. Outro fator são as oscilações da economia como um todo. Para efeito de comparação, no comercio de veículos, se as vendas caem, o seguro tende a ter também queda.

 

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