Consórcios registram alta acima da média

Diante da alta do crédito, o consórcio é uma boa opção para quem pretende adquirir bens de forma planejada.

Postado em: 03-09-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Diante da alta do crédito, o consórcio é uma boa opção para quem pretende adquirir bens de forma planejada.

Eduardo Marques

O sistema de consórcios encerrou o primeiro semestre de 2019 com aumento de 14,75% no acumulado de vendas de novas cotas, alcançando 1,40 milhão em comparação ao mesmo período de 2018, quando totalizou 1,22 milhão, isso é o que aponta recente pesquisa da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (ABAC). Os negócios correspondentes atingiram R$ 61,04 bilhões (jan-jun/2019), registrando alta de 26,38% sobre os R$ 48,30 bilhões anteriores (jan-jun/2018). O tíquete médio em junho atingiu R$ 46,17 mil, 10,51% mais que os R$ 41,78 mil do mesmo mês em 2018.

As contemplações, momento dos consorciados oportunizarem seus objetivos, acumularam 605,40 mil (jan-jun/2019), 1,74% maior que as 595,07 mil (jan-jun/2018). Os créditos concedidos aos contemplados no primeiro semestre deste ano avançaram 2,83% sobre aquele período de 2018, saltando de R$ 20,12 bilhões para R$ 20,69 bilhões.

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Segundo Paulo Roberto Rossi, presidente executivo da ABAC, “os seis primeiros meses reafirmaram o crescente interesse dos consumidores pelo consórcio como forma de aquisição de bens ou de contratação de serviços com planejamento e capacidade de pagamento das parcelas em prazos mais longos. Os números apenas retrataram o crescimento das adesões à modalidade, com tíquete médio maior, mostrando um comportamento cada vez mais consciente sobre responsabilidade financeira. Vale lembrar que consórcio realiza objetivos e propicia economia, em razão de ter custos mais baixos”. 

Os indicadores setoriais e geral do sistema de consórcios, relativos ao primeiro semestre apontaram crescimento nos acumulados de vendas de novas cotas tanto para bens imóveis ou móveis duráveis como para serviços.

As performances, setor a setor, registraram 617,25 mil adesões em grupos de veículos leves, 532,00 mil de motocicletas, 147,25 mil de imóveis, 41,15 mil de veículos pesados, 34,30 mil de serviços e 23,55 mil de eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis, totalizando 1,4 milhão de adesões.

Estes totais apontaram avanços nos seis setores: eletroeletrônicos e outros bens móveis duráveis (89,16%), serviços (60,28%), veículos pesados (38,79%), imóveis (20,45%), motocicletas (11,82%) e veículos leves (11,32%). Com altas ocorridas em veículos leves, veículos pesados e motocicletas, o segmento de automotores registrou aumento de 12,26%.

Consórcio imobiliário

Com consorciados optando pela formação ou ampliação de patrimônio, e outros preferindo comprar imóveis para locação com o objetivo de obterem rendimentos extras e melhorarem suas rendas mensais antes ou durante a aposentadoria, os acumulados de contemplações e de créditos concedidos no setor de imóveis apresentaram alta de 6,50% em ambos. 

As contemplações atingiram 37,65 mil (jan-jun/2019) contra 35,35 mil (jan-jun/2018), enquanto os créditos, potencialmente injetados no mercado imobiliário, totalizaram R$ 3,77 bilhões (jan-jun/2019) versus R$ 3,54 bilhões (jan-jun/2018).

O aumento de 9,34% do tíquete médio mensal, que era de R$ 136,53 mil (jun/2018) e chegou a R$ 149,28 mil (jun/2019), foi importante para a alta de 29,99% nos créditos contratados no acumulado semestral. O total apontou R$ 21,54 bilhões (jan-jun/2019), enquanto anteriormente era de R$ 16,57 bilhões (jan-jun/2018). As adesões também progrediram, 20,45%, com elevação de 122,25 mil (jan-jun/2018) para 147,25 mil (jan-jun/2019).

“Para quem tem planos de investir na aquisição da casa própria, apartamento ou terreno, o sistema de consórcio é uma boa opção. Não tem juros e a taxa administrativa é embutida nas parcelas do financiamento”, explica o diretor da Porto Seguro Consórcio, William Rachid.

Além destas vantagens, o Consórcio de Imóveis não exige valor de entrada e a carta de crédito acompanha o reajuste das parcelas (INCC – Índice Nacional de Custo da Construção), o que mantém o poder de compra. “Essas condições despertam o interesse de pessoas que procuram investimento flexível e atraente”, observa Rachid.

O mercado está em um momento propício para investir na modalidade, o juro alto do crédito e a seletividade dos bancos na concessão de financiamento dificultam a aquisição. Neste cenário, consórcio é uma opção para quem pretende adquirir bens de forma planejada. Vale ressaltar que investir em imóvel significa uma decisão com solidez, essa modalidade permite uma rentabilidade mensal, por meio do aluguel e com o passar do tempo, o imóvel valoriza mais e tem pouco risco de perda. 

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