Contratação de seguros para câncer de mama cresce em Goiânia

Seguros para doenças graves têm sido um complemento para o plano de saúde e SUS - Foto: Reprodução.

Postado em: 29-10-2019 às 18h15
Por: Nielton Soares
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Seguros para doenças graves têm sido um complemento para o plano de saúde e SUS - Foto: Reprodução.

Nielton
Soares

A contratação de seguros para
doenças graves e terminais obteve alta de 281%, em Goiânia, no período de
janeiro a agosto deste ano, em uma única seguradora que oferta esse tipo de
serviço na capital. Os dados são comparados ao igual período de 2016, ano que
houve a maior expansão do setor. Além disso, um total de 50% foram contratados
por mulheres. Já a alta real no volume de prêmios desse segmento no Brasil foi
de 10,25% nos oito meses de 2019, ante o mesmo período de 2018. A explicação é
que mesmo quem tem plano de saúde tem optado por seguros que cobrem doenças
graves.

O número representa uma
estabilidade do setor que já vinha registrando igual índice nos anos de 2016 e
2017, conforme aponta dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep),
reguladora do setor, que apresentou índices de 10% na contração do prêmio total
nos seguros de doenças graves ou terminais, como o câncer.

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O estudo destaca que a
expectativa de vida é o fator que vem contribuindo para a procura desses
serviços, além disso, da confiança. Uma vez que a maioria das seguradoras,
ofertante dessa proteção, tem oferecido uma indenização quando há diagnóstico
da doença, equivalente ao percentual do prêmio por morte, mas que pode ser
usado pelos usuários ainda em vida.

O diretor de comunicação do Sindicato
dos Corretores e Empresas Corretoras de Seguros de Goiás (Sincor), Hailton
Costa, afirma que estudos da entidade constatou um perfil de público, optante
do seguro que parte possa custear as despesas médicas e outra parte possa
atender também a família, em caso de falecimento do segurado. “O seguro que
cobre doenças graves está mais para um complemento para o tratamento de saúde
do que necessariamente uma substituição”, frisa.

O aumento de segurados tem sido
condicionado ao público feminino, isso porque, as próprias seguradoras têm
ofertado produtos específicos para esse público, como indenização para a enfermidade
ginecológica e para o câncer de mama, segunda doença que mais acometem as
mulheres. A estimativa é que cerca de 60 mil mulheres foram diagnosticadas com
essas doenças no país, em 2018, segundo dados do Instituto Nacional de Câncer
(INCA), órgão ligado ao Ministério da Saúde.

A pesquisa também estima que Goiás
termine este ano registrando 1.670 casos, com taxa de 48,58 por 100 mil
habitantes. Já Goiânia, a previsão é de 560 casos e taxa de 72,17 por grupo de
100 mil. O Brasil deve ficar em 62,9 por 100 mil, deixando o país como segundo
na faixa de um total de cinco países com mais alta de incidência da doença.

Nesse contexto, os cuidados com
a saúde e bem estar têm contribuído para o aumento da população idosa no
Brasil, assim também, o tratamento rápido e eficiente de muitas doenças graves
vem proporcionando uma velhice com mais qualidade de vida. Antes, o que era
acessível apenas para uma pequena parcela da sociedade, como o tratamento de
alta complexidade, outra parte, dependendo apenas do Sistema Único de Saúde
(SUS), agora é possível para a maioria das pessoas, por meio do planejamento
financeiro, contratação mensal via parcelamento, compreendendo que a
antecipação na contração de um seguro, por exemplo, se tornou também uma
prevenção.

Outra questão, são as
seguradoras que preveem indenização nos casos de detecção de câncer de qualquer
tipo, Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto. As novas tendências desse
segmento também vêm contribuindo para atrair novos usuários. Como as
características dos produtos que no geral garantem uma indenização caso haja um
diagnóstico da doença, sendo que a utilização da indenização do prêmio por
doença grave não altera a validade do seguro de vida, pois mesmo se a
indenização tenho sido paga por doença, os beneficiários receberão nova
indenização.


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