Pagamento do 13º salário deve injetar R$ 214,6 bilhões na economia

O valor representa uma alta de 1,6% na comparação com o montante injetado na economia no ano passado, que foi de R$ 211,2 bilhões - Foto: Divulgação

Postado em: 27-11-2019 às 17h10
Por: Leandro de Castro Oliveira
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O valor representa uma alta de 1,6% na comparação com o montante injetado na economia no ano passado, que foi de R$ 211,2 bilhões - Foto: Divulgação

Leandro de Castro

Fim de ano chegando e com ele o tão aguardado 13º salário, que terá a sua primeira parcela paga nesta semana. Grande parte dos brasileiros utiliza o recurso para quitar dívidas, adquirir bens, realizar viagens e presentear amigos e familiares movimentando, dessa forma, o setor econômico do país. De acordo com levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o pagamento do 13º salário deve injetar R$ 214,6 bilhões na economia brasileira até o fim dezembro deste ano. A quantia equivale a cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil.

O estudo apontou ainda que o valor representa uma alta de 1,6%, na comparação com o montante injetado na economia no ano passado, que foi de R$ 211,2 bilhões, sem considerar a inflação. Até o dia 20 de dezembro de 2019, aproximadamente 81 milhões de brasileiros receberão o rendimento adicional, pago aos trabalhadores com carteira assinada, incluindo os domésticos, aposentados e pensionistas da Previdência Social, União, estados e municípios. O valor médio do 13º salário é estimado em R$ 2.451.

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Do total de brasileiros que devem ser beneficiados pelo pagamento do recurso, 49 milhões (61%) são trabalhadores no mercado formal e 30,5 milhões (37,7%) são aposentados ou pensionistas da Previdência Social (INSS). Em relação ao montante a ser pago com o 13º salário, cerca de R$ 147 bilhões (68% do total), irão para os empregados com carteira assinada. Outros R$ 67,7 bilhões (32%) serão pagos aos aposentados e pensionistas. Considerando apenas os beneficiários do INSS, o valor soma R$ 40,4 bilhões.

Por lei, a primeira parcela do benefício deve ser depositada até 30 de novembro e o prazo máximo para que a empresa deposite a segunda é no dia 20 de dezembro. Aqueles que trabalharam durante todo o ano de 2019, poderão contar com um bom rendimento somado ao salário mensal. Já os trabalhadores que foram contratados ao longo do ano vão receber um valor proporcional ao tempo de empresa.

Como usar o 13º

Um dos métodos para iniciar o próximo ano com o saldo positivo e longe das dívidas é utilizar corretamente o 13º salário. Segundo o gerente regional de desenvolvimento, Luciano Marques de Lemos, o pagamento de débitos pendentes deve ser sempre a primeira coisa a fazer com o rendimento adicional, evitando, dessa forma, começar o ano novo com dívidas velhas.  “A primeira e mais importante dica é usar o 13º para pagar as dívidas. A segunda é fazer uma reserva a ser aplicada em poupança. Mesmo para quem ganha um salário mínimo, poupar deve ser um hábito. Isso permite conquistar bens e de certo modo, é um importante passo rumo ao equilíbrio financeiro”, orienta.

Há casos em que pagar dívidas e fazer investimentos já integram o orçamento. Nestas situações é importante investir em lazer para reduzir o stress. “Sair da rotina ou viajar também significam dinheiro bem aplicado, já que interfere na qualidade de vida das pessoas. Mas, nada de usar o dinheiro para isso se ele não estiver disponível de fato, pois pode gerar ainda mais dor de cabeça. Planeje-se”, pontua o especialista.

Luciano também destaca que para os trabalhadores que não possuem dívidas é possível, por exemplo, começar um consórcio na modalidade de serviço e já dar um lance maior com o valor extra. “O 13º também pode ser usado nesse caso, sendo assim, para alguma compra de valor maior, como viagem, cirurgias, compra de carro, entre outros. O bacana é que o consórcio acaba induzindo a pessoa poupar. Ademais você consegue um bom valor a juros bem menores que em empréstimos convencionais”, afirma.

Em relação às compras de fim de ano, ele alerta para os gastos que nem todos colocam na ponta do lápis, mas que fazem toda a diferença depois. “A gasolina para ir ao interior na casa dos familiares, as passagens aéreas ou de ônibus são exemplos de despesa que nem sempre levamos em consideração. Mas, esses deslocamentos maiores podem pesar no orçamento, ainda mais para quem já gastou com os presentes, roupas e outros”, conclui.

 

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