Fecomércio confirma que irá seguir decreto e fechar lojas em Goiás por conta do coronavírus

Supermercados e farmácias seguirão funcionando. Órgão irá pedir mais tempo para pagar impostos| Foto: Reprodução/ Silvio Simões

Postado em: 17-03-2020 às 12h30
Por: Redação
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Supermercados e farmácias seguirão funcionando. Órgão irá pedir mais tempo para pagar impostos| Foto: Reprodução/ Silvio Simões

Eduardo Marques

O presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Marcelo Baiocchi Carneiro, confirmou na manhã desta terça-feira (17) que as lojas e estabelecimentos comerciais fecharão as portas conforme decreto que já foi divulgado pelo governador Ronaldo Caiado (DEM) e que deve ser publicado nos próximos dias. A medida é uma forma de conter o avanço do coronavírus. 

Sobre a abrangência do decreto, Baiocchi diz que é preciso esperar a publicação mas adianta que estabelecimentos como academias, shoppings e comércio de rua estão na mira por serem espaços com muita circulação de pessoas. “O governador deixou muito claro que o comércio de alimentos e de medicamentos não será afetado, por isso não há necessidade de corrida ao supermercado para fazer estoque”, esclarece. A previsão é que o fechamento deva durar 15 dias.

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“Esperamos que a gente possa manter um diálogo para flexibilizar o funcionamento [após período de paralisação indicado pelo governo], mas sempre vamos cumprir a lei”, declarou Baiocchi.

Impostos

Baiocchi disse que teme que alguns empresários não consigam voltar a abrir as portas depois do período paralisação. Por isso, pedirá que o governo adie o pagamento dos tributos referentes às empresas para daqui 120 dias.

“Ao fecharmos nossas portas e deixarmos de ter faturamento, nós sabemos que não iremos cumprir nossos compromissos. E que após esses dias, possamos pagar os tributos de forma parcelada dentro do ano fiscal. Nós vamos requerer que taxas que foram pagas ao município em eventos já cancelados sejam revertidos em compensações futuras” , afirmou.

O trabalho da Fecomércio, segundo seu presidente, é a busca pelo equilíbrio entre manter a segurança de todos e ajustar a dose de sacrifício de cada um. Para isso, a federação irá levar um documento com reivindicações ao Estado e ao município, com o intuito de manter os empregos e evitar o fechamento de estabelecimentos comerciais após a pandemia. 

Sobre possíveis demissões, Marcelo Baiocchi afirma que se as sugestões forem acatadas e todos fizerem a sua parte, a tendência é que não sejam feitas demissões. “Não haverá necessidade de demissões, se dadas as condições solicitadas, entre elas, uma linha de crédito especial”, sugere. 

Ele salienta que os desligamentos e novas contratações têm altos custos. “Até porque a demissão tem um custo alto e novas contratações após esse momento também. O que pedimos é que os empresários procurem os sindicatos para negociação sobre redução e carga horária e redução de 25% nos salários”, propõe.

O Sistema S também se reorganiza com o fechamento de clubes, escolas e com a diminuição de 50% para contribuições de empresas para o Sistema S. “Estamos em plantão buscando informações e mantendo diálogo com os poderes. Sabemos que a lei precisa ser cumprida. O que estamos reivindicando é o diálogo para ajustar a dose”, pondera. “Queremos que essa pandemia passe logo e que o menor número de empresas fechem as portas após esse período”, acrescenta.

 

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