Pandemia praticamente paralisa produção de automóveis em abril

Segundo Anfavea, a retração do setor no Brasil foi de 99,4%. Em abril foram produzidos 1,8 mil veículos contra 267,6 mil do mesmo mês em 2019 – Foto: Reprodução.

Postado em: 08-05-2020 às 15h50
Por: Nielton Soares
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Segundo Anfavea, a retração do setor no Brasil foi de 99,4%. Em abril foram produzidos 1,8 mil veículos contra 267,6 mil do mesmo mês em 2019 – Foto: Reprodução.

A produção de veículos no Brasil
ficou praticamente paralisada em abril deste ano devido à pandemia do novo Coronavírus.
Segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (8) pela Associação Nacional dos
Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), foram produzidos no mês passado
1,8 mil veículos no país, uma retração de 99,4% em comparação às 267,6 mil
unidades fabricadas em abril de 2019.

“É o pior resultado da história
da indústria desde 1957”, enfatizou o presidente da entidade, Luiz Carlos
Moraes. De acordo com a associação, 55 fábricas ainda estão paradas no país
neste início do mês de maio, com 95 mil funcionários sem trabalhar. No início
de abril, apenas duas das 65 fábricas espalhadas pelo país estavam em operação.

No acumulado do ano, a produção
caiu 39,1%, com a montagem de 587,7 mil unidades entre janeiro e abril deste
ano, contra 965,4 mil no mesmo período de 2019.

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Vendas

As vendas caíram 76% em abril,
com o emplacamento de 55,7 mil unidades, contra 231,9 mil na comparação com o
mesmo mês do ano passado. “É a maior queda da história para o mês”, destacou
Moraes. No acumulado de janeiro a abril, a redução das vendas é de 26,9% em
relação aos primeiros quatro meses de 2019, com a comercialização de 613,8 mil
veículos neste ano.

O setor de caminhões teve uma
queda menor, com a venda de 4 mil unidades, 53,5% menos do que o registrado em
abril do ano passado.

Retomada

O número de pessoas empregadas
pelo setor caiu 3,7%, de 130,1 mil em abril do ano passado para 125,3 mil no
mesmo mês deste ano.

Para o presidente da Anfavea, é
complicado prever como será feita a retomada, neste momento em que está
acontecendo o endurecimento das medidas de isolamento social em várias cidades
do país. “É muito difícil a gente falar de previsão quando a gente tem cidades
sendo fechadas”, ressaltou. Moraes destacou, entretanto, que as montadoras
apoiam as ações para combater a disseminação do novo coronavírus. “A decisão é
puxada pela questão da saúde e nós achamos que é correta, tem que cuidar das
pessoas”, destacou.

Moraes disse ainda que os
fabricantes estão empenhados em garantir as condições de segurança para que as
empresas voltem a produzir. “Nós conseguimos criar um protocolo mínimo de
retorno às fábricas, que estamos implantando nas nossas fábricas”, disse.

Entre as medidas estão
estabelecidas normas para a ventilação de ambientes, usos de equipamentos de
proteção individual e aumento da quantidade de turnos de trabalho. (Agência
Brasil)

 

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