Estudo mostra impacto da pandemia em negócios comandados por mulheres

Em muitos casos, rendimento mensal do negócio chegou a zero e interrupção das atividades atingiu 39% desses negócios – Foto: Reprodução.

Postado em: 23-05-2020 às 18h10
Por: Nielton Soares
Imagem Ilustrando a Notícia: Estudo mostra impacto da pandemia em negócios comandados por mulheres
Em muitos casos, rendimento mensal do negócio chegou a zero e interrupção das atividades atingiu 39% desses negócios – Foto: Reprodução.

A crise causada pela pandemia de Coronavírus
causou a interrupção das atividades de 39% dos negócios conduzidos por
mulheres, segundo pesquisa feita pelo Instituto Locomotiva e a Rede Mulher
Empreendedora. O estudo foi feito com uma amostra de 1.165 entrevistas em todas
as regiões do país. Além das que tiveram as atividades paralisadas, 47% das
empresárias disseram que os negócios ainda estão funcionando, mas com um
movimento menor.

Com isso, 33% disseram que com a
pandemia o rendimento mensal do negócio chegou a zero. Para 28%, os
empreendimentos estão garantindo uma renda que vai a no máximo um
salário-mínimo. Sendo que em 21% dos casos, toda a renda familiar vem do
negócio tocado por essas mulheres e em 17% mais da metade do dinheiro que entra
em casa é proveniente desses empreendimentos.

A maior parte dos empreendimentos
comandados por mulheres atua, segundo a pesquisa, no setor de serviços (61%).
Também há participação na indústria (21%), comércio (17%) e agricultura (1%).

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Quase um terço (29%) dessas
empresas, não estão regularizadas. O restante possuí número no cadastro
nacional de pessoas jurídicas, sendo que 39% são microempreendedoras
individuais. O percentual total das que trabalhavam sozinhas, sem empregados,
aumentou de 49%, antes da pandemia, para 66% atualmente.

Entre as medidas para contornar
os efeitos da crise, 55% das que possuem empregados adotaram o esquema de
trabalho a distância e 21% reduziram salários. Um terço das empreendedoras
disseram que devem demitir parte ou todos os funcionários devido as perdas de faturamento.
84% do total disseram que cortaram gastos e 53% passaram a fazer vendas online.

Porém, 43% afirmaram que não tem
como fazer entregas em domicílio no modelo de negócio que possuem. (Agência Brasil)

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