Guedes diz que até novembro Brasil terá ano bom pela frente

Para ministro da Economia, crise será superada e país seguirá com reformas estruturais do Estado – Foto: Reprodução.

Postado em: 16-06-2020 às 14h30
Por: Nielton Soares
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Para ministro da Economia, crise será superada e país seguirá com reformas estruturais do Estado – Foto: Reprodução.

O ministro da Economia, Paulo
Guedes, avalia que entre setembro e novembro o Brasil terá um “ano novo muito
bom pela frente”. Ele participou nesta terça-feira (16) do seminário virtual Os
Reflexos das Decisões Judiciais na Política Econômica, organizado pelo
Instituto de Garantias Penais (IGP).

“Acho que lá para setembro,
outubro, novembro, nós já estamos num novo país, com ano novo muito bom pela
frente. Eu acredito nisso, vamos lutar por isso, manhã, tarde e noite. Estamos
lutando por isso e acho que nós vamos conseguir”, afirmou.

Para Guedes, a crise de saúde e
econômica será superada e o país seguirá com as reformas. “Tenho certeza que o
Brasil vai surpreender”.

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Bomba biológica

No evento, Guedes disse ainda que
a crise na economia gerada pelo novo Coronavírus é uma “bomba biológica” que
gerou uma situação de emergência fiscal. “As crises econômicas são basicamente
tipificadas, conhecidas. Essa foi uma bomba biológica, absolutamente inédita”,
destacou.

Ele reforçou que a União não pode
arcar com todas as perdas de receitas de estados e municípios devido à
pandemia. Até porque a União também tem perdas de receitas. Para Guedes, se
fizesse isso o governo deixaria “passivos impagáveis” para filhos e netos. “A
União é uma viúva que não pode ser explorada, onde todo mundo empurra a conta.
Parece muito esperto empurrar a conta para a União, mas isso é uma covardia
dessa geração com filhos e netos”, disse ele.

Contenciosos

O ministro da Economia lembrou
que há “contenciosos inimagináveis”, acima de R$ 1 trilhão, relacionados à
tributação. “Quando você tem contenciosos acima de R$ 1 trilhão de um lado e
desonerações de R$ 300 bilhões do outro está muito clara a configuração de um
manicômio tributário. Os impostos são tão elevados, tão complexos, tão
disfuncionais que para um terço do empresariado, que tem influência política, é
melhor ir bastante a Brasília para conseguir desoneração. No outro extremo,
quem tem pouco trânsito político, mas tem muito recurso financeiro, prefere ir
à Justiça para criar esse contencioso”, afirmou.

Segundo Paulo Guedes, a aprovação
de uma reforma tributária pode reduzir esses contenciosos. Ele defendeu a
criação de um “passaporte tributário”, em que as empresas passariam para um novo
regime ao pagar parte da dívida, por meio de um acordo. (Agência Brasil)

 

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