Gasolina terá sétimo reajuste consecutivo, anuncia Petrobras

A sequência de alta já colocou o combustível nas bombas acima dos R$ 4; p diesel também irá subir, 3% e 6%, respectivamente – Foto: Reprodução.

Postado em: 01-07-2020 às 16h50
Por: Nielton Soares
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A sequência de alta já colocou o combustível nas bombas acima dos R$ 4; p diesel também irá subir, 3% e 6%, respectivamente – Foto: Reprodução.

Nielton Soares

A Petrobras vai reajustar novamente
os preços da gasolina e do diesel nesta quinta-feira (2), respectivamente, em média
3% e 6%. Esse será o sétimo aumento seguido no preço da gasolina, que voltou a registrar
preço médio nos postos acima de R$ 4 por litro, já na semana passada.

Ao iniciar o ciclo de altas nos
preços, desde a primeira semana de maio, o preço da gasolina nas refinarias da
Petrobras acumulou alta de 53%. Já neste momento, o combustível será negociado pela
empresa, em média, a R$ 1,57 por litro. E, o preço do diesel acumulou reajuste de
32% desde o começo de maio.

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Esses reajustes dos combustíveis seguem
a recuperação do preço do petróleo internacionalmente, isso após, a flexibilização
das medidas de isolamento social na Europa e nos Estados Unidos. Para se ter
ideia, no mês passado, a cotação do Brent, que é negociado em Londres, obteve
alta de 7,4%, ao fechar o mês na casa dos US$ 41,15 (R$ 221).

Por outro lado, a sequência de
reajustes da Petrobras para os importadores de combustíveis ainda não é
suficiente para acompanhar a recuperação das cotações internacionais, o que mantêm
os preços no mercado interno com defasagem e impedindo a importação de produtos
por empresas privadas. A Petrobras adota a política de preços acompanhando as
cotações internacionais e considerando a taxa de câmbio, os custos de
importação e margem de lucro.

Mas, o repasse dos aumentos às
bombas já depende de políticas comerciais de postos e das distribuidoras de
combustíveis. A estatal esclarece que o valor cobrado representa 27% do preço
final da gasolina e 44% do preço final do diesel e o restante são biocombustíveis,
impostos e margens de lucro e custos das demais etapas da cadeia.

Bolso do consumidor

Os dados da Agência Nacional do
Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP) mostram que os aumentos consecutivos nos combustíveis
já pesam no bolso do consumidor. Para se ter ideia, na semana passada, o litro
da gasolina era vendido a R$ 4,022, em média, no país, representando uma alta
de 0,9% ante a semana anterior. Nesse contexto, em quatro semanas, a alta
acumulada foi de 3,2%.

No mesmo cenário de reajuste, o diesel
sofre pressão ainda do alto preço do biodiesel, o que significa 12% da mistura
vendida nos postos. No último leilão da ANP, para ser entregue neste mês e no
próximo, o litro do produto saiu a R$ 3,51, R$ 0,50 a mais do que o verificado
nos dois primeiros bimestres deste ano.

 

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