Presidente do Banco do Brasil envia pedido de demissão a Bolsonaro

O executivo Rubem Novaes, de 74 anos, próximo do ministro da Economia, Paulo Guedes, alegou que a instituição precisa de renovação para enfrentar um futuro inovador – Foto: Reprodução.

Postado em: 25-07-2020 às 11h00
Por: Nielton Soares
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O executivo Rubem Novaes, de 74 anos, próximo do ministro da Economia, Paulo Guedes, alegou que a instituição precisa de renovação para enfrentar um futuro inovador – Foto: Reprodução.

Nielton Soares

O Banco do Brasil (BB) comunicou, na noite de sexta-feira (24), para a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o pedido de renúncia do presidente da instituição, Rubem Novaes. Ele enviou o pedido de demissão ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e ao ministro da Economia, Paulo Guedes. A decisão surtirá efeito a partir de agosto, em data que será definida e comunicada ao mercado.

No documento, o banco afirmou que Novaes avalia que a companhia precisa de renovação para enfrentar o futuro de inovação no setor bancário. Já fontes próximas a ele, disseram que o executivo pediu demissão por motivos pessoais, como a opção de ficar mais presente na vida dos netos, no Rio de Janeiro. 

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Por outro lado, outros interlocutores de Novaes, relatam que cobranças de Bolsonaro para atuação mais incisiva do BB, como na redução de juros, pode ter influenciado na decisão do executivo. Outra situação, é posição dele contrário à privatização da instituição. 

Além desses fatores, o presidente do BB estava desgastado com ações do Tribunal de Contas da União (TCU), desde a reunião ministerial de 22 de abril, quando ele foi gravado chamando a corte de “usina de terror”. E, recentemente, ele chegou a se irritar com a decisão dos ministros de suspender anúncios em sites e blogs suspeitos de publicar ou compartilhar fake news. 

O Governo Federal ainda não se pronunciou sobre o pedido de Novais, que é muito próximo do ministro da Economia, Paulo Guedes, uma vez que foi indicação pessoal do próprio ministro. Ele tomou posse em janeiro de 2019, logo depois da posse de Guedes no Ministério da Economia. 

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