Desemprego sobe para 13,3% em junho e país tem nova queda recorde no número de ocupados

País perde 8,9 milhões de postos de trabalho em relação ao trimestre anterior e número de ocupados no Brasil atinge menor nível da série histórica| Foto: Reprodução

Postado em: 06-08-2020 às 10h00
Por: Redação
Imagem Ilustrando a Notícia: Desemprego sobe para 13,3% em junho e país tem nova queda recorde no número de ocupados
País perde 8,9 milhões de postos de trabalho em relação ao trimestre anterior e número de ocupados no Brasil atinge menor nível da série histórica| Foto: Reprodução

Eduardo Marques

A taxa oficial de desemprego no Brasil subiu para 13,3% no trimestre encerrado em junho, atingindo 12,8 milhões de pessoas, com um fechamento de 8,9 milhões de postos de trabalho em relação ao trimestre anterior. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua Mensal (PNAD Contínua), divulgada nesta quinta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O resultado representa uma alta de 1,1 ponto percentual na comparação com o trimestre encerrado em março (12,2%) e de 1,3 ponto percentual em relação ao mesmo trimestre de 2019 (12%).

Continua após a publicidade

Trata-se da maior taxa de desemprego desde o trimestre terminado em maio de 2017, quando também ficou em 13,3%. E o desemprego só não foi maior porque muita gente simplesmente deixou de procurar emprego ou não estava disponível para trabalhar em meio à pandemia do novo Coronavírus.

Queda recorde no número de ocupados

O número de pessoas ocupadas no Brasil teve redução recorde de 9,6% em relação ao trimestre encerrado em março, superando o recorde anterior registrado no trimestre encerrado em maio, quando a queda foi de 8,3%.

Apesar da alta da taxa de desocupação, o número de desempregados apresentou estabilidade na comparação com o trimestre de janeiro a março (12,9 milhões de pessoas) e também com igual trimestre do ano anterior (12,8 milhões de pessoas).

Pela metodologia do IBGE, só é considerado desempregado o indivíduo sem ocupação e que tenha procurado trabalho no último mês.

Inicialmente, a pesquisa estava prevista para ser divulgada no dia 29 de julho, mas foi adiada em razão da maior dificuldade do IBGE realizar a coleta por telefone.

Recorde de 5,7 milhões de desalentados

A população desalentada (que desistiu de procurar emprego) atingiu novo recorde de 5,7 milhões de pessoas, com alta de 19,1% (mais 913 mil) em relação ao trimestre anterior e de 16,5% (mais 806 mil) em relação ao mesmo trimestre de 2019.

Já população subutilizada somou 31,9 milhões, atingindo também um novo recorde, com alta de 15,7% (4,3 milhões pessoas a mais) frente ao trimestre anterior (27,6 milhões) e de 12,5% (3,5 milhões de pessoas a mais) na comparação anual.

A população fora da força de trabalho atingiu a marca recorde de 77,8 milhões de pessoas, alta de 15,6% na comparação com o trimestre anterior. Com isso, a soma do número de desempregados e de pessoas fora da força de trabalho (90,5 milhões) superou mais uma vez o de ocupados no país (83,3 milhões). Ou seja, atualmente tem mais gente sem trabalhar do que trabalhando no país. 

Veja Também