Confiança da construção cresce e alcança patamar perto da pré-pandemia

Índice sobe 4,1 pontos e vai para 87,8 pontos neste mês, sendo a quarta alta seguida, após quedas em março e abril | Foto: Agência Brasil.

Postado em: 26-08-2020 às 17h35
Por: Nielton Soares
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Índice sobe 4,1 pontos e vai para 87,8 pontos neste mês, sendo a quarta alta seguida, após quedas em março e abril | Foto: Agência Brasil.

O Índice de Confiança da
Construção (ICST), divulgado hoje (26), no Rio de Janeiro, pelo Instituto
Brasileiro de Economia, da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), subiu 4,1 pontos
e alcançou 87,8 pontos em agosto. Esta é a quarta alta seguida, depois das
quedas percebidas em março e abril, no começo da pandemia de covid-19, que
paralisou boa parte dos setores econômicos do país. Com isso, o índice
recuperou 82% dessas perdas.

Segundo a coordenadora de
Projetos da Construção da FGV Ibre, Ana Maria Castelo, a elevação ocorreu nos
dois grupos componentes do índice, influenciados por perspectivas menos
pessimistas para os próximos meses e pela melhora da situação atual. Mas ela
destaca que o cenário geral ainda é difícil para os empresários do setor.

“A sondagem [pesquisa] mostra que
a confiança dos empresários da construção está próxima do patamar pré-covid,
refletindo a evolução favorável de seus dois componentes. Contudo, mesmo com a
retomada a um cenário anterior de atividades, o ciclo produtivo foi afetado,
uma vez que, durante a pandemia, muitos negócios foram adiados ou cancelados.
Para 35,6% das empresas, os negócios continuam fracos, contra 29% em fevereiro,
o que significa que a retomada está sendo mais difícil para algumas empresas”,
explicou.

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Crescimento

O Índice de Situação Atual
(ISA-ST) alcançou 81,8 pontos, com um crescimento de 5,8 pontos, o terceiro
seguido. Assim, o indicador está 4,9 pontos abaixo do alcançado em fevereiro,
quando ficou em 86,7 pontos, o maior valor deste ano. Já o indicador de
situação atual dos negócios (ISA-CST) recuperou 6,8 pontos no mês, atingindo
84,0 pontos. O indicador de carteira de contratos chegou em 79,8 pontos, um
aumento de 4,9 pontos.

O Índice de Expectativas (IE-CST)
subiu 2,4 pontos e atingiu 94,1 pontos. A recuperação acumulada representa
87,5% das perdas ocorridas em março e abril. O indicador de demanda prevista
avançou 1,9 ponto, para 94,0 pontos, e o de tendência dos negócios subiu 2,7
pontos, fechando agosto em 94,1 pontos.

Para o Nível de Utilização da
Capacidade (Nuci), o aumento foi de 3,6 pontos percentuais, indo para 73,5%. A
maior contribuição veio do Nuci de Mão de Obra, que avançou 3,8 pontos
percentuais, chegando a 75,2%. O Nuci de Máquinas e Equipamentos subiu 2,6
pontos percentuais, ficando em 64,5%.

O FGV Ibre destaca que houve
queda “expressiva” no quesito Demanda Insuficiente como fator de limitação, que
passou de 60,3% em abril para 44,4% em agosto, o mesmo percentual verificado
desde fevereiro de 2015, quando ficou em 44,1%. Segundo Ana Maria, isso se deve
ao bom desempenho nas vendas no mercado imobiliário residencial nos últimos
meses.

 

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