Dívida bruta do Brasil não instabilizará até 2025 após PIB chegar a 101%, diz FMI

O órgão internacional calcula que neste ano o país supere a marca de 100% de todas as riquezas e bens produzidos no país | Foto: Reprodução.

Postado em: 14-10-2020 às 11h35
Por: Nielton Soares
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O órgão internacional calcula que neste ano o país supere a marca de 100% de todas as riquezas e bens produzidos no país | Foto: Reprodução.

O Fundo Monetário Internacional (FMI)
calcula que a dívida bruta brasileira ultrapasse a marca de 100% do PIB
(Produto Interno Bruto) já neste ano. Nesse contexto, o órgão não vê perspectiva
de estabilização, ao comparar endividamento e PIB pelo menos até 2025.

As estimativas levam em
consideração a deterioração fiscal e o aumento da dívida pública brasileira.
Porém, o Brasil segue tendência mundial, em meio ao aumento de despesas dos
países em resposta à pandemia do novo Coronovírus.

Por outro lado, as expectativas para
o Brasil chamam atenção por diferenciar dos demais emergentes e pela piora em
relação às projeções do próprio FMI feitas em abril, ápice da crise do Coronavírus.

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O relatório Monitor Fiscal foi
divulgado nesta quarta-feira (14). Em relação à dívida bruta e PIB brasileiro o
país deve saltar 11,9 pontos percentuais entre 2019 e 2020, passando de 89,5%
para 101,4%, isso devido ao aumento de despesas com a pandemia do Coronavírus.

Nesse sentido, esse patamar é o
segundo mais alto entre economias emergentes, atrás apenas de Angola. Até 2025,
a perspectiva é que a relação entre dívida bruta e PIB do Brasil cresça ano a
ano, chegando a 104,4%, informa os dados do FMI.

“Países com espaço fiscal
limitado e menor acesso a financiamento devem proteger o investimento público e
as transferências para famílias de baixa renda, aumentando ao mesmo tempo a
taxação progressiva e assegurando que empresas altamente lucrativas estejam
sendo adequadamente tributadas”, recomenda o FMI.

PIB mundial

O FMI revisou, na terça-feira (13),
a projeção para a queda do PIB mundial em 2020 para 4,4%, ante recuo de 5,2%
previsto em junho. Já para o Brasil, a expectativa de queda esperada passou 9,1%
para 5,8% neste ano.

 

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