Caiado cobra solução sobre endividamento dos estados, em Brasília

O democrata participou de várias reuniões para tratar acerca das medidas para equilíbrio fiscal | Foto: Hegon Correa.

Postado em: 04-11-2020 às 11h40
Por: Nielton Soares
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O democrata participou de várias reuniões para tratar acerca das medidas para equilíbrio fiscal | Foto: Hegon Correa.

O governador Ronaldo Caiado (DEM)
participou em Brasília, na tarde de terça-feira (3), de uma série de reuniões
para dialogar sobre medidas que visam garantir o equilíbrio fiscal dos Estados.
Ele defendeu “ação conjunta” que seja capaz de resolver o problema de
endividamento enfrentado por Goiás e outros Estados, como Minas Gerais, Rio de
Janeiro e Rio Grande do Sul, a partir da aprovação de uma legislação sobre o
assunto.

“Devido à situação difícil dos
Estados, não dá mais para esperar”, informou Caiado. Ele referiu-se ao Plano de
Promoção do Equilíbrio Fiscal, que ficou conhecido como Plano Mansueto, mas que
não avançou no Congresso Nacional. Agora, tramita na Câmara dos Deputados o
projeto de lei complementar (PLP) 101/2020, uma espécie de atualização da
proposta anterior. “Precisa ser aprovado o mais rápido possível”, continuou.

Acompanhado da secretária da
Economia, Cristiane Schmidt, a primeira agenda do governador na capital federal
foi com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. Na sequência,
Caiado e vários outros governadores estiveram com o presidente do Senado, Davi
Alcolumbre. Nas reuniões com os representantes do Poder Legislativo, a
tratativa foi no sentido de garantir consenso na construção do texto do PLP
101, para que seja colocado em votação ainda este ano.

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Conforme divulgado pela imprensa,
Maia teria se comprometido a colocar o projeto em votação no próximo dia 17.
Alcolumbre se comprometeu a incluir a matéria na pauta do Senado 48 horas após
votação pela Câmara.

Na sequência, a comitiva de
governantes foi até o Ministério da Economia para uma reunião com o secretário
Especial de Fazenda, Waldery Rodrigues. Caiado afirmou que a conversa visou
sensibilizar o governo federal, para que também priorize o assunto.

Ao exemplificar a importância da
aprovação do projeto, o governador lembrou que atualmente o Estado sobrevive
graças a uma liminar do Supremo Tribunal Federal (STF), que suspende o
pagamento das dívidas junto à União. No entanto, ela vence em 31 de dezembro.
“Goiás não tem como arcar com essa situação se não tivermos esse projeto de lei
aprovado.”

Sobre o teto de gastos, que é um
dos tópicos abordados no PLP 101, Caiado defendeu uma maneira de “regularizar o
alongamento da dívida” para que os Estados consigam assumir e cumprir seus
compromissos. No caso de Goiás, frisou que o desrespeito ao teto de gastos foi
herdado da gestão anterior, referente ao ano de 2018. “Se não tivermos como
regularizar essa situação, vamos pagar uma multa de R$ 350 milhões. Isso nos impõe
uma situação de insolvência completa.”

Caiado lembrou, ainda, que desde
que assumiu o governo estadual, com déficit de R$ 4,2 bilhões e R$ 1,6 bilhão
em salários atrasados, trabalha arduamente para “fazer a tarefa de casa” e
ingressar no Regime de Recuperação Fiscal (RRF). “O Estado de Goiás cortou 8%
das suas despesas, fez a reforma da Previdência, fez a reforma do Estatuto do
Servidor, fez corte dos incentivos fiscais. Agora, nós precisamos ter uma lei
para que realmente tenha o mínimo de tranquilidade”, concluiu.

 

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