Com juros mais baixos no banco, financiamento de imóveis fica mais atrativo

Nielton Soares

O financiamento imobiliário via Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) registrou crescimento recorde no ano passado. Segundo o levantamento da Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip), essa modalidade, que utiliza recursos da poupança, alcançou 57,5%, em 2020.

O SBPE é o dinheiro aplicado por clientes na caderneta de poupança, responsável por captar bilhões de reais todos os meses por meio dos depósitos bancários. Esses recursos são utilizados pelas instituições financeiras para empréstimos e financiamento de imóveis, como está ocorrendo neste momento.

O diretor comercial da URBS Imobiliária, Anderson Andreoli, explicou que essa modalidade ganhou evidência por causa da taxa de juros mais atrativa, ou seja, Selic maia baixa. O que se torna uma alternativa para aplicação. “Eu mesmo tinha uma economia para ser aplicada em um determinado produto e optei pelo financiamento”, salientou Andreoli, acrescentando a segurança em se investir em imóvel, ainda que não seja para moradia.

Segundo o diretor, a queda dos juros foi impulsionada pela redução dos percentuais feita pela Caixa Econômica Federal (CEF), principal instituição que opera fundos da caderneta de poupança. E, com isso, pressionou também os bancos privados.

Em média, as taxas de juros para financiamento via SBPE caíram de 8% para 6.75% ao ano, o que representa algo em torno de 0,53% ao mês. Isso manteve o mercado imobiliário nos últimos dois anos aquecido, embora o ano passado foi atípico, por causa da pandemia do novo Coronavírus.

Andreoli aposta em uma expectativa ainda melhor para o mercado imobiliário neste ano. Ele menciona o exemplo de Goiânia, onde o metro quadrado tem grande valorização e, por isso, rentabilidade. “Nós vamos dobrar esses financiamentos em 2021”, projeta. 

Saiba o que é o SBPE

O SBPE é um tipo de linha de financiamento, oferecida por instituições financeiras públicas e privadas, destinada majoritariamente para a compra de imóveis. Como o próprio nome cita, a modalidade é composta por bancos e instituições financeiras que captam e direcionam os recursos da caderneta de poupança para o crédito imobiliário.