Tocha olímpica é entregue oficialmente ao Brasil

Carlos Arthur Nuzman recebe chama e diz que ‘Rio está pronto para fazer história’

Postado em: 28-04-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Carlos Arthur Nuzman recebe chama e diz que ‘Rio está pronto para fazer história’

Depois do acendimento, na cidade de Olímpia, e de um breve revezamento pela Grécia, a chama olímpica chegou oficialmente às mãos do comitê Rio-2016 ontem. A cerimônia de passagem da chama, iniciada às 12 horas (horário de Brasília), aconteceu no estádio Panatenaico, palco principal da primeira edição dos Jogos Olímpicos da era moderna, em 1896, e também dos Jogos de Atenas-2004.

O evento começou com a entrada das bandeiras brasileira e grega. O Brasil foi representado pelo presidente do comitê Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman. Em seu discurso, Nuzman agradeceu tanto ao Comitê Olímpico Internacional (COI) quanto aos operários das obras olímpicas, além de destacar a união do governo brasileiro em torno do projeto das Olimpíadas: “O Rio está pronto para fazer história. Estamos prontos porque não estamos sozinhos. Sem a ajuda do COI, estaríamos sem direção, sem rumo. Peço que me deixem fazer uma pausa para falar do nosso país, de todos os funcionários que trabalharam nas instalações do Rio de Janeiro. Eles permitirão que todos possam o usar o metrô para chegar nas arenas olímpicas na Barra da Tijuca. É um jogo de equipe que exige a participação dos três níveis de governo: federal, estadual e municipal”, discursou Nuzman.

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O revezamento da tocha olímpica na Grécia terminou com a passagem da chama para uma pira montada no Estádio Panatenaico. A última grega a carregar a tocha da Rio-2016 foi a campeã mundial de remo Katerina Nikolaidou. Na sequência, o hino olímpico foi entoado pelo coral de crianças gregas.

O roteiro do evento seguiu com uma coreografia de atrizes representando sacerdotisas gregas, a exemplo da cerimônia de acendimento da tocha. Depois, falaram o presidente do Comitê Olímpico Helênico, Syprios Capralos, e o presidente do comitê Rio-2016, Carlos Arthur Nuzman.

“Passamos (com a tocha) por pessoas que sentiram em seus corações e receberam calorosamente a mensagem olímpica de amor, de paz e amizade. A chegada da chama no campo de refugiados de Eleonas foi capaz de trazer um significado muito especial nesse começo de trajeto. Uma mensagem única de solidariedade e fraternidade”, afirmou Capralos, referindo-se à participação do atleta paralímpico sírio Ibrahim Al-Hussein no revezamento da tocha.

Depois dos discursos, Capralos passou a tocha olímpica para Nuzman, entregando oficialmente a chama ao comitê Rio-2016. A chama ainda passará pela Suíça, de onde decola para o Brasil. O revezamento da tocha em solo brasileiro começará no dia 3 de maio, em Brasília, e percorrerá mais de 300 cidades em todos os estados até chegar ao Rio de Janeiro. 

Pira olímpica ficará no Porto do Rio  

A pira olímpica será acesa no Maracanã no dia cinco de agosto. Porém, logo em seguida ela será deslocada para o Porto do Rio. A informação, adiantada pela coluna Ancelmo Gois, foi confirmada na manhã de ontem pelo prefeito Eduardo Paes. No entanto, segundo a prefeitura, não há definição exata do local. O deslocamento da pira olímpica é uma novidade dos Jogos do Rio.

Como não é comum que cerimônia de abertura aconteça fora do Estádio Olímpico – onde fica a pira, normalmente no alto para que possa ser vista de fora- ela será desloca. O Maracanã foi escolhido por sua importância para o mundo. Porém, como só receberá algumas provas de futebol, se optou por aproximar a chama olímpica do público. A primeira especulação era de que duas piras seriam montadas: uma no Maracanã e outra no Engenhão. O que foi descartado pelo Comitê Olímpico Internacional (COI).

A  Zona Portuária do Rio será palco de um dos dois pontos de encontro oficiais dos Jogos, telões com transmissões o vivo das provas serão instalados. Além disso, o local vai contar com intensa programação cultural. Shows e um balão panorâmico – que voa até a 150m de altura – serão algumas das atrações da região.

O prefeito aproveitou a divulgação do esquema de trânsito, na festividade dos 100 dias, para falar sobre o andamento de algumas obras que estão atrasadas: “No tênis faltam instalar as arquibancadas provisórias e a colocação das cadeiras definitivas na quadra central. O velódromo escorregou no prazo. A pista esta praticamente pronta. É um desafio. Teremos 30, 40 dias de obras intensas. A obra atrasou e foi feita uma reprogramação. E dentro dela estamos adiantados”, disse. 

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