Sintonia com Micale

Substituto de Fernando Prass, goleiro Weverton era atacante e passa confiança com as mãos e com os pés

Postado em: 02-08-2016 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
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Substituto de Fernando Prass, goleiro Weverton era atacante e passa confiança com as mãos e com os pés

O goleiro Weverton, do Atlético-PR, não deve ter problemas para se adaptar rapidamente à filosofia do técnico da Seleção Olímpica, Rogério Micale. Convocado às pressas para substituir Fernando Prass, que sentiu dores no cotovelo direito pouco antes do amistoso com o Japão, no Estádio Serra Dourada, Weverton se vê como nome ideal para atender às expectativas do treinador brasileiro.

Micale gosta de uma linha alta de zagueiros, apostando em uma marcação mais adiantada e utiliza os goleiros como líberos. A capacidade de se virar com a bola nos pés, então, é uma exigência para quem quer que defenda a meta canarinha durante os Jogos Olímpicos.

Weverton se apresentou à delegação na manhã de ontem e demonstrou confiança em sua qualidade com os pés, aspecto já exigido pelo técnico do Furacão, Paulo Autuori. O mais importante nesse momento, de acordo com o jogador, é entrar em sintonia também com os companheiros de Seleção.

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“Me vejo dentro desse pensamento do Micale. Se o goleiro não se adaptar a jogar com os pés no futebol de hoje vai ficar para trás. O Autuori faz isso no Atlético-PR, então não vejo problemas. Saber a característica dos zagueiros, laterais, como cada um gosta de se posicionar. Vamos aproveitar esses dias que faltam, nos treinos, estaremos sempre juntos no almoço. Vamos conversar bastante para conseguir nosso objetivo”, disse.

Apesar da influência de Autuori, não foi a pedido dele que Weverton se adaptou à nova realidade. A história com a bola nos pés é antiga. Se hoje veste a camisa 1 e tem como objetivo evitar gols, ele antes desfilava com a 9 e trabalhava para balançar as redes adversárias. Foi “por acaso” que ele chegou ao Juventus-AC como goleiro em 2006 e, dois anos depois, já se via em um grande clube do futebol nacional.

“Eu era atacante e vem aquela velha história de que faltou goleiro, tinha que botar alguém pra jogar no gol. Eu fui e arrebentei. Um olheiro do Juventus-AC me viu e me chamou. Eu comecei de 9, mas como eu fui muito bem no gol, ficou a dúvida. Era diversão, mas logo virou verdade e eu estava no Corinthians como goleiro”, explicou. 

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