Segunda-feira, 29 de julho de 2024

Atleta Frances de salto com vara chama torcedor brasileiro de desrespeitoso

Seu técnico, Philippe d’Encausse, comenta que Thiago Braz só pode ter contado com forças místicas

Postado em: 16-08-2016 às 17h40
Por: Toni Nascimento
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Seu técnico, Philippe d’Encausse, comenta que Thiago Braz só pode ter contado com forças místicas

Toni Nascimento

Após vitória do atleta Thiago Braz no salto com vara, o seu adversário derrotado, Renaud Lavillenie, reagiu de forma negativa junto do seu treinador Philippe d’Encausse.

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Renaud deu uma infeliz declaração à imprensa em que mencionou o regime nazista para criticar o comportamento da torcida brasileira e suas vaias.

"Em 1936, o público estava contra Jesse Owens. Não víamos algo assim desde então. Temos que lidar com isso", disse Lavillenie, referindo-se ao atleta negro americano vencedor dos 100 e 200m rasos e do revezamento 4x100m, além do salto em distância, nos Jogos de Berlim, sob o olhar de Hitler.

Logo depois ele voltou atrás em coletiva para a imprensa. O atleta reconheceu seu exagero ao comparar a torcida do Rio com a de Berlim na era nazista, mas ainda assim se disse triste com a torcida brasileira a chamando de desrespeitosa.

“É a primeira vez que vejo esse tipo de público. Eu já competi em muitos, muitos campeonatos, em muitos países e é a primeira vez que todo mundo está não só contra mim, mas contra todos os saltadores, exceto o brasileiro. Isso (as vaias) são para o futebol, não pro atletismo. Não há respeito. Não há fair play. É uma vergonha! Se não temos respeito nas Olimpíadas, onde vamos ter? Foi uma péssima imagem para as Olimpíadas. Eu não fiz nada para os brasileiros. Estou muito, muito triste e desapontado com o público brasileiro que estava no estádio hoje” desabafou Renaud.

Depois de tal episódio, em entrevista ao jornal francês, Philippe (o técnico) disse acreditar que Thiago pode ter contado com a ajuda de “forças místicas, talvez as do candomblé” para conseguir a vitória.

Thiago conseguiu um salto de 6,03m. Ele pode ter contado com a ajuda de forças místicas, talvez as do candomblé“, afirmou. “(O Brasil) é um país bizarro“, acrescentou.

A imprensa do Brasil e da frança criticou bastante a atitude nada cortês de Philippe. De acordo com o Le Monde, o saltador francês “saiu de sua bolha de concentração, excedida pelas vaias do público carioca, que encoraja seus protegidos ao mesmo tempo em que desestabiliza seus adversários”.

(Fotos Publicas)

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