Apresentado oficialmente, Bruno esquiva perguntas
Já de início, o presidente do clube, Rone Moraes da Costa, avisou que não seriam aceitas perguntas fora do âmbito esportivo
Por: Sheyla Sousa
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Felipe Bonfim
Novo atleta do Boa Esporte, o goleiro Bruno foi apresentado oficialmente na manhã de ontem. A primeira entrevista em Varginha, inclusive, foi envolvida em polêmica. Já de início, o presidente do clube, Rone Moraes da Costa, avisou que não seriam aceitas perguntas fora do âmbito esportivo. O dirigente, no entanto, não foi atendido e o jogador precisou se esquivar de alguns questionamentos.
Logo de início, Bruno foi indagado se julgava que merecia “vestir a camisa de um clube de futebol novamente depois de ter sido condenado por um crime tão bárbaro”. “Eu não vou te responder isso”, disse o goleiro. Ele ainda foi questionado quanto a outras questões morais e sobre a debandada de patrocinadores, que rescindiram com o Boa após sua chegada. “Eu deixo essa pergunta para que os dirigentes respondam. Não tenho que tocar nesse assunto. Estou aqui para jogar futebol”, afirmou.
Bruno agradeceu à chance que recebeu no clube mineiro e garantiu que se prepara para este momento há alguns anos. Ele explicou ainda estar muito motivado para a temporada.
“Estou muito feliz pela oportunidade dada. Eu venho me preparando há alguns anos. As pessoas correm de mim pelo o que aconteceu no passado. O Boa está abrindo as portas. Estou muito feliz, motivado. Agradeço a vocês por estar aqui. Deus está abrindo as portas para a gente. Tenho certeza que é Deus”, concluiu.
Ao final de fevereiro, o goleiro foi liberado da Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (Apac), em Santa Luzia (MG), após determinação do ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão tem caráter liminar.
Preso em 2010 pelo assassinato e ocultação de cadáver de Eliza Samudio, além do sequestro e cárcere privado do filho, Bruninho, o jogador foi condenado a 22 anos e três meses de prisão. O recurso ainda será julgado em segunda instância e, dessa forma, Marco Aurélio entendeu que Bruno deveria aguardar em liberdade.