Paralimpíada: conheça os atletas goianos que disputarão o tiro com arco adaptado na Tóquio 2020

A busca pelo pódio inédito na modalidade começa às 21h da próxima quinta-feira (26)

Postado em: 23-08-2021 às 17h38
Por: Giovana Andrade
Imagem Ilustrando a Notícia: Paralimpíada: conheça os atletas goianos que disputarão o tiro com arco adaptado na Tóquio 2020
A busca pelo pódio inédito na modalidade começa às 21h da próxima quinta-feira (26). | Foto: Reprodução

Uma das mais tradicionais modalidades das Paralimpíadas, o tiro com arco adaptado está presente nos Jogos desde a primeira edição em Roma (Itália), em 1960. O Brasil fez sua estreia em Paralimpídas em 1972, nos Jogos de Heidelberg (Alemanha), e na época foi representado pelo arqueiro Robson Sampaio de Almeida. A Rio 2016 marcou o retorno dos brasileiros às disputas do tiro com arco adaptado, após um longo hiato. E a partir das 21h (horário de Brasília) da próxima quinta-feira (26/08), a delegação brasileira, com seis arqueiros (homens e mulheres), inicia a busca pelo pódio inédito. 

De forma geral, a modalidade atrai atletas com amputações, lesão na coluna, paralisia cerebral, doenças disfuncionais e progressivas, ou com múltiplas deficiências. Os arqueiros são divididos em duas classes: a W1 (arco composto) é reservada àqueles com deficiências graves (três ou quatro membros), que necessitam da cadeira de rodas, e a classe Open (arco recurvo ou composto) reúne atletas com deficiência em um membro (superior ou inferior), ou dois membros (ambos inferiores ou do mesmo lado do corpo).  

As regras são as mesmas do tiro com arco olímpico. O objetivo é acertar as flechas no alvo – ou o mais próximo possível – localizado a 70 metros de distância do arqueiro. O lance certeiro no alvo vale a pontuação máxima (10 pontos). O círculo de 1,22 m de diâmetro tem 10 círculos concêntricos, sendo que o mais externo soma apenas um ponto. 

Continua após a publicidade

Goianos em Tóquio

Dos seis representantes do Brasil nos Jogos, três são goianos e um é residente de Goiânia. A primeira é Jane Karla, de 46 anos, natural de Goiânia e residente de Portugal. Ela se dedica à modalidade na classe Open, competindo com o arco composto, e chega ao Japão com chances de subir ao pódio. No ano passado, a atleta bateu o recorde mundial indoor (ambiente fechado) na França, além de ser medalhista de ouro na modalidade de tiro com arco paralímpico no European Para-Archery, na República Tcheca. Antes de estrear no tiro com arco adaptado, na última edição dos Jogos, Jane Karla era mesatenista e já havia disputado as Paralimpídas de Pequim (2008) e Londres (2012).

Na mesma categoria, Andrey Muniz de Castro, natural do Paraná e residente de Goiânia, de 45 anos, atualmente decacampeão brasileiro, é paraarqueiro desde 2008 e vai competir na classe Open pela primeira vez, com o arco composto. Andrey foi o primeiro paratleta brasileiro da modalidade a participar de competições internacionais e conquistar medalhas. Com prata no 4º Parapan-Americano de Monterrey no México em 2021, ele participou dos Jogos Paralímpicos de Verão de 2016 no Rio de Janeiro, sendo a Tóquio 2020 a segunda experiência em paralimpíadas do competidor.

Já na classe W1, o Brasil é representado pelo goiano Helcio Luiz Perilo, de 52 anos, que garantiu a prata no Parapan do México e faz sua primeira participação paralímpica. No feminino, teremos a também goiana Rejane Cãndida da Silva, de 45 anos, que estreou na Rio 2016 jogando tênis, e também fez bonito no Parapan do México deste ano ao conquistar a prata no tiro com arco. 

Os demais brasileiros competindo no tiro com arco adaptado são Fabíola Dergovics, de 54 anos, e Heriberto Alves Roca, de 41 anos, nascido em São Caetano do Sul (SP), estreantes da classe Open. Os dois arqueiros também brilharam este ano no Parapan-Americano no México, nas mesmas provas que disputarão no Japão: Fábíola faturou medalha de ouro no arco recurvo, e Heriberto levou a prata no arco recurvo por equipes mistas (masculino).

Programação

W1 – masculino

Ranking round: 26/08 – a partir das 21h 

Final: 31/08

W1 – feminino

Ranking round: 26/08 – a partir das 21h 

Final: 01/09

Open arco recurvo – feminino

Ranking round: 26/08 – a partir das 21h 

Final: 02/09

Open arco composto – feminino

Ranking round: 26/08 – a partir das 21h

Final: 30/08

Open arco recurvo – masculino

Ranking round: 27/08 – a partir das 2h

Final: 04/09

Open arco composto – masculino 

Ranking round: 27/08 – a partir das 2h

Final: 04/09

W1 – equipes mistas

1ª fase: 28/08 – a partir das 23h50

Final: 29/08

Veja Também