Segunda-feira, 08 de julho de 2024

Multicampeão na Tailândia, Alexandre Gama tenta repetir sucesso no futebol sul coreano

No Daegu desde o início da temporada, o carioca Alexandre Gama, de 54 anos, tenta repetir, na Coreia do Sul, o sucesso que teve no futebol tailandês, onde ficou por nove temporadas, conquistando seis títulos, sendo duas Ligas Tailandesas, uma Taça da Liga Tailandesa e três Supertaças da Tailândia.

Postado em: 27-03-2022 às 14h55
Por: Breno Modesto
Imagem Ilustrando a Notícia: Multicampeão na Tailândia, Alexandre Gama tenta repetir sucesso no futebol sul coreano
O brasileiro Alexandre Gama, de 54 anos, retorna à Coreia do Sul depois de uma passagem vitoriosa pelo futebol tailandês | Foto: Daegu FC

Na última sexta-feira (25), o Daegu, da Coreia do Sul, anunciou a contratação de um velho conhecido da torcida esmeraldina. Destaque do Mirassol no Campeonato Paulista, o atacante Zeca, que vestiu a camisa do Goiás entre os anos de 2019 e 2020, foi anunciado como reforço pelo clube que ocupa, atualmente, a sétima colocação no K League 1, o primeira divisão do país.

No time sul coreano, Zeca será treinado por um compatriota. No Daegu desde o início da temporada, o carioca Alexandre Gama, de 54 anos, tenta repetir, na Coreia do Sul, o sucesso que teve no futebol tailandês, onde ficou por nove temporadas, conquistando doze títulos, sendo oito pelo Buriram United e outros quatro pelo Chiangrai United.

O treinador, que começou sua carreira no Fluminense, em 2004, retorna ao futebol sul coreano para a sua segunda passagem. Entre 2009 e 2010, Alexandre esteve à frente do comando técnico do Gyeongnam. Segundo Gama, o motivo de seu retorno foi a ambição do Daegu, que tem crescido bastante nos últimos anos e almejado coisas grandes, que é algo que ele também quer.

Continua após a publicidade

“O Daegu é um time que já tem 20 anos, mas que, nos últimos seis anos, deu uma guinada muito grande em termos de organização, de investimento e de objetivos. E, depois de muito tempo na Tailândia, era o que eu estava querendo. Depois de ter conquistado tudo por lá (Tailândia), eu queria mudar um pouco de ambiente, de objetivo. Queria algo maior. E, juntamente com o Japão, a Coreia do Sul tem uma das maiores ligas da Ásia. Então, quando recebi a proposta, não pensei duas vezes”, disse Alexandre Gama.

Outro objetivo em comum que clube e comandante possuem em comum é o desejo de fazer com que o Daegu continue crescendo. Já adaptado ao país e à cidade, Alexandre Gama revela que tem encontrado dificuldades apenas para implementar sua filosofia e suas ideias de jogo, já que a equipe vinha de três ou quatro anos com um mesmo sistema, que é totalmente diferente do seu.

“Nosso objetivo é continuar esse crescimento do clube. É uma liga totalmente diferente da que eu estava disputando. Como eu disse, o clube tem objetivos grandes. Querem ser campeões e estão começando a aprender o caminho para isso. E apostaram em mim, que ganhei muita coisa em vários países. Neste início, a adaptação tem sido tranquila, mas, em termos de filosofia de jogo e ideias de trabalhos, um pouco mais difícil do que eu imaginava, porque o time jogava há três ou quatro anos com um sistema e eu estou tentando implantar outra ideia de jogo. Tá funcionando, mas ainda não há uma consistência, que é o que nós precisamos. Mas acreditamos que vai acontecer”, comentou o treinador.

Já classificado para a fase de grupos da Champions League da Ásia, Alexandre Gama, que é o único treinador brasileiro e estrangeiro da K League 1, quer ajudar o Daegu em seu grande objetivo, que é ser campeão sul coreano. Confiante em seu grupo e em seu trabalho, o técnico demonstra felicidade e afirma que o Daegu está preparado.

“Depois de seis rodadas, estamos na sétima colocação no campeonato. Estamos no “bolo” e já classificamos o time para a fase de grupos da Champions League da Ásia, que é um dos objetivos do clube. Então, acreditamos bastante no nosso trabalho. Sabemos que futebol, em qualquer lugar do Mundo, é resultado. Mas nós sabemos que o grupo é bom. Estou muito feliz por estar aqui, que tem um mercado muito forte. E me sinto honrado por estar representando os treinadores brasileiros. Sou o único treinador brasileiro e estrangeiro da liga. E isso gera muita expectativa, pressão. Mas estamos preparados. Eu também funciono bem com pressão. Estou feliz e espero que corra tudo certo”, finalizou Gama.

Veja Também