Esportes adaptados contribuem para a inclusão

Nas Casas André Luiz, cerca de 200 pacientes com deficiência intelectual praticam atividades como vôlei, basquete 3x3 e bocha adaptada

Postado em: 30-11-2017 às 15h10
Por: Aline Carleto
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Nas Casas André Luiz, cerca de 200 pacientes com deficiência intelectual praticam atividades como vôlei, basquete 3x3 e bocha adaptada

Algo tão simples como praticar atividades físicas pode ser um grande desafio para as pessoas que possuem algum tipo de deficiência. Mas, ainda que seja vista por muitos como uma limitação, essa condição física ou mental pode trazer novas possibilidades de exploração do próprio corpo.

Nas Casas André Luiz, instituição que trabalha há 68 anos com o atendimento de pessoas com deficiência intelectual, cerca de 200 pacientes praticam exercícios e esportes adaptados. Além de contribuir com o desenvolvimento das habilidades motoras, as atividades são uma importante ferramenta de inclusão social, que ajuda na autoestima e favorece a interação com os colegas.

“Nosso propósito é garantir a autonomia das pessoas com deficiência e permitir que elas tenham acesso ao esporte, um instrumento valioso de educação e socialização”, explicou Alex Silva, um dos professores de Educação Física da instituição.

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Na Unidade de Longa Permanência, em Guarulhos-SP, onde 600 pacientes vivem em tempo integral, são realizadas semanalmente diversas atividades motoras, como exercícios na piscina, esportes adaptados, caminhada, dança e movimentos rítmicos. Tudo em busca de estimular as noções de tempo, espaço, equilíbrio e integração sensorial.

Entre as modalidades esportivas, destacam-se o vôlei, o basquete 3×3 e a bocha adaptada, que sofreram modificações em suas regras para se tornarem acessíveis a todos. Além das aulas e atividades internas, os pacientes têm a oportunidade de sair da instituição para participar de campeonatos e jogos adaptados.

Para garantir o equilíbrio dos jogos, os participantes são divididos em grupos, com base em suas características, habilidades e capacidades físicas. Na bocha adaptada, por exemplo, existe uma classificação específica com três categorias, que contemplam diferentes tipos de deficiência.

De acordo com Leo Coelho Ferreira, também professor de Educação Física, essas atividades trazem uma série de benefícios fisiológicos e contribuem com a prevenção de doenças ligadas ao sedentarismo e ao envelhecimento, como hipertensão, câncer e problemas respiratórios. “O exercício físico é capaz de atuar positivamente no sistema imunológico e de diminuir as chances de desenvolvimento de doenças ou infecções oportunistas”, explicou.

Mais do que garantir a saúde e a qualidade de vida dos pacientes, a prática de exercícios físicos é fundamental para favorecer a integração com a sociedade e mostrar que, ao contrário do que diz o senso comum, a deficiência não deve ser vista como um impedimento. 

(Assessoria)

Foto: Reprodução 

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