No 1º dia de Mundial, Brasil garante oito medalhas

Competição começou nesse sábado (2) na Cidade do México. Daniel Dias, André Brasil e Phelipe Rodrigues triunfaram no individual e no revezamento, e Brasil é o primeiro no quadro de medalhas

Postado em: 03-12-2017 às 14h00
Por: Lucas de Godoi
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Competição começou nesse sábado (2) na Cidade do México. Daniel Dias, André Brasil e Phelipe Rodrigues triunfaram no individual e no revezamento, e Brasil é o primeiro no quadro de medalhas

O Brasil teve um início arrasador no Mundial de Natação
Paralímpica, que começou na tarde de sábado (2), na Cidade do México. A Piscina
Olímpica Francisco Márquez, que recebeu os Jogos Olímpicos da 1968, serviu de
palco para a conquista de oito medalhas brasileiras.

Comandados por Daniel Dias e André Brasil, dois dos maiores
nomes da natação paralímpica mundial, a seleção nacional subiu ao pódio oito
vezes, sendo em quatro delas com a presença da dupla. O Brasil ocupa a primeira
posição no quadro de medalhas, com quatro ouros, duas pratas e dois bronzes.
Seguido dos Estados Unidos, com três ouros, quatro pratas e dois bronzes.

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O primeiro ouro brasileiro do dia veio na sessão da manhã no
México (tarde no Brasil), com André Brasil nos 100m nado costas da classe S10.
Com o tempo de 1min01s57, ele superou o estoniano Kardo Ploomipuu (1min03s55).
O bronze foi para o norte-americano Tye Dutcher (1min3s81).

À noite, foi a vez de Daniel Dias fazer sua estreia na
Pisicna Olímpica Francisco Márquez. Ele conquistou seu tetracampeonato mundial
nos 100m nado livre (S5), com 1min10s58, à frente do francês Theo Curin
(1min18s28) e do vietnamita Thanh Thung Vo (1min19s56). A prova foi marcada
pelas ausências de dois grandes rivais de Daniel: o americano Roy Perkins e o
espanhol Sebastian Rodriguez, que rivalizam com o brasileiro desde os Jogos
Paralímpicos Pequim 2008 – eles não vieram ao Mundial do México.

O pernambucano Phelipe Rodrigues brilhou nos 50m livre
(S10), numa das provas mais rápidas e acirradas deste Mundial. Ele e André
Brasil travaram um duelo incrível, mas Phelipe foi o melhor. Com 23s96 garantiu
seu primeiro ouro em Mundiais. André mordeu a prata, apenas 18 centésimos atrás
(24s14). David Levecq, da Espanha, completou o pódio (25s65).

“Sempre almejei um ouro no Mundial. Quando eu vi que
ganhei a prova, eu fiquei meio que sem reação, mas a sensação é incrível, saber
de tudo que eu abdiquei pra chegar aqui valeu a pena, e com certeza dá pra
render muito mais”, disse Phelipe, 27.

Mal deu tempo de descansar 
porque vinte minutos depois veio o revezamento 4 x 100m livre 34 pontos
(a soma da classe funcional dos membros do time). Foi quando André Brasil,
Daniel Dias e Phelipe Rodrigues uniram forças, juntamente com o goiano Ruiter
Silva, e formaram a equipe nacional que abocanhou a medalha de ouro com o tempo
de 4min10s30.

“Entramos sabendo quais seriam nossos adversários, eu,
Daniel, Phelipe entramos já desgastados pelas provas que nadamos hoje, e foi a
primeira que nós conquistamos. Nós viemos fazer nosso trabalho, e estamos
fazendo, vale quem toca na placa primeiro, como costuma dizer meu grande amigo
Thiago Pereira”, disse André Brasil, citando o medalhista olímpico nos
400m medley nos Jogos de Londres 2012.

“Eu brinco que comecei com pé direito, apesar de não
tê-lo. Mas estou muito feliz com nossos resultados, começar assim é bom para
dar andamento à competição”, comemorou Daniel Dias.

Segunda colocação ficou com a Itália (4min15s27). E o
terceiro com a Argentina 4min19s46.

No feminino, brilhou a jovem Beatriz Carneiro, 19. A
paranaense de Maringá é da classe S14 (deficientes intelectuais), estreou em
Mundiais nos 100m nado peito agora no México e faturou a medalha de prata. Com
1min21s99, superada apenas pela espanhola Michelle Morales (1min15s05),
medalhista de bronze nesta prova no Mundial de Glasgow 2015, nova recordista
mundial. O bronze foi para Pernilla Lindberg (1min24s71), da Suécia.

A noite ainda reservou os bronzes nos 100m costas da classe
S12 (baixa visão) tanto no masculino, com o carioca Thomaz Matera, como no
feminino, com a paulista Raquel Viel.

Os atletas nacionais voltam à Piscina Olímpica Francisco
Márquez, na Cidade do México, a partir das 22h49 (de Brasília), com transmissão
pelo Facebook do CPB (www.facebook.com/ComiteParalimpico) e pelo Sportv.com. 

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