Expectativa de que Marta ainda jogue as Olimpíadas de 2024
Última vez de Marta em campo na Copa do Mundo, mas não usando a amarelinha
Por: Larissy Summer Santos
A Seleção Brasileira empatou com a Jamaica por 0 a 0 e foi eliminada da Copa do Mundo Feminina de Futebol. Um resultado e a não classificação que deixou muitos bastantes surpresos, já que a seleção era uma das favoritas a avançar para próxima fase. Com a saída precoce na Copa, o Brasil foca agora nas Olimpíadas da França em 2024 na expectativa de que Marta ainda atue com a amarelinha.
A rainha do futebol feminino já havia deixado claro, antes mesmo da Copa começar, que essa seria a sua última participação em Copa do Mundo. Aos 37 anos, a jogadora disputou seis Copas do Mundo. Pela Seleção, disputou 189 partidas e marcou 122 gols. Em Copas do Mundo, tornou-se a maior artilheira de todas as edições do torneio, tanto feminina quanto masculina, com um total de 18 gols em 23 jogos.
Ao final do jogo, emotiva a camisa 10 fez uma declaração emocionante se despedindo da Copa, mas com uma mensagem de esperança para o futebol feminino.
“É difícil falar num momento como esse. Não era, nem nos meus piores pesadelos, a Copa que eu sonhava. Mas é só o começo. O povo brasileiro pedia renovação. Está tendo renovação. A maioria das meninas tem muito talento e um caminho enorme pela frente. É só o começo para elas. Eu terminei aqui, mas elas continuam”, falou Marta.
Marta ainda falou do apoio que a seleção feminina precisa, para os povo abraçar a seleção e não deixar de acreditar.
“A gente tem que continuar apoiando essas meninas, porque esse é só o começo para elas. E ano que vem já tem a Olimpíada. Então, da mesma maneira que a galera estava empolgada no começo da Copa, apoiando a gente, seleção feminina, futebol feminino do Brasil, que continue apoiando. Que não seja só no momento, mas que seja contínuo, porque o trabalho tem que continuar”, completou a rainha.
A grande referência em futebol feminino pode não ter conquistado uma Copa do Mundo, mas a atleta conquistou duas medalhas de ouro nos Jogos Pan-Americano de 2003 e 2007, a Copa América em 2003, 2010 e 2018.
Além de ser vice-campeão da Copa em 2007, onde a seleção brasileira perdeu para a Alemanha por 2 a 0. E também conquistou duas medalhas de prata nas Olimpíadas de 2004 e 2008.
Fica ou não fica?
A treinadora Pia Sundhage, que chegou para comandar a seleção em junho de 2019, tem contrato até agosto de 2024, mas seu cargo pode estar correndo ameaças após a eliminação na Copa.
A frente da amarelinha a sueca tem 57 jogos, com 34 vitórias, 13 empates e dez derrotas. O maior destaque em sua trajetória foi a conquista da Copa América de 2022, de forma invicta e sem sofrer gols.
O presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, que estava na Austrália acompanhando a seleção de perto, não garantiu a permanência de Pia, mas também não cogita a mudança de comando na Seleção Feminina, mas o foco agora é o ciclo Olímpico.
“Teremos agora um ciclo olímpico pela frente e seguiremos dedicados a avançar. Faremos os investimentos necessários para que o Brasil venha nos Jogos Olímpicos, assim como nas próximas competições, com ainda mais apoio em busca dos melhores resultados”, falou o presidente.
“Já antecipo que este resultado em nada irá mudar o propósito da CBF na minha gestão de continuar investindo de forma consistente no futebol feminino como um todo. Pelo contrário, vamos intensificar este investimento,” completou Ednaldo.
