Brasil chega ao Mundial de Ginástica Rítmica com expectativa alta por medalha e vagas olímpicas
O Mundial de Ginástica Rítmica começa nesta sexta-feira (25), em Valência, na Espanha, e a expectativa para a participação da equipe brasileira
Por: Ildeu Iussef
O Mundial de Ginástica Rítmica começa nesta sexta-feira (25), em Valência, na Espanha, e a expectativa para a participação da equipe brasileira no maior evento do ano da modalidade está alta. Antes das atletas desembarcarem no país, elas tiveram um período de aclimatação, de 7 a 20 de agosto, em Sófia, na Bulgária.
Um dos focos da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) neste mundial é a conquista da vaga olímpica para os Jogos de Paris 2024. No individual, as 14 melhores garantem a vaga. Já no conjunto, a competição é mais acirrada, somente as cinco melhores carimbam o passaporte para as Olímpiadas.
O Brasil entrou na elite internacional ao levar o bronze inédito com o conjunto na Copa do Mundo de Atenas, na Grécia, realizada em março deste ano. Outro feito histórico foi a conquista do bronze no individual de Bárbara Domingos na fita, durante a Copa do Mundo de Sofia, na Bulgária. Além disso, as ginastas brasileiras têm obtido outros grandes resultados e medalhas importantes em torneios de nível mundial nos últimos meses, nas duas categorias.
“A gente construiu isso com muito esforço. Construímos nossas notas e consolidamos. O Brasil está na briga. Em 2min30 tudo pode acontecer, e precisamos estar preparadas para tudo. Estamos cuidando de cada detalhe, incluindo preparação física e emocional. Se elas conseguirem acertar as séries, sabemos que vamos disputar com as melhores”, disse Camila Ferezin, treinadora da Seleção Brasileira de Conjunto.
Mantendo a formação consistente no conjunto, a equipe formada será a mesma que se mostrou sólida nas últimas competições internacionais: Bárbara Galvão, Deborah Medrado, Maria Eduarda Arakaki, Giovanna Silva, Nicole Pírcio, Sofia Madeira e Victória Borges.
No individual, o Time Brasil será representado por Barbara Domingos e Geovanna Santos, duas atletas que vêm mostrando seu talento e conquistando grandes resultados em campeonatos internacionais.
Duda Arakaki, como é conhecida, é a capitã da equipe e luta contra uma lesão e corre contra o tempo para conseguir participar da competição. Isso porque logo no primeiro treino em Valência, a ginasta torceu o tornozelo direito.
O médico que acompanha a delegação, Mário Costa Vieira Filho, deu a seguinte declaração: “A atleta Maria Eduarda Arakaki teve um trauma de mecanismo torcional durante o treino. Ela foi avaliada pelo nosso departamento médico, que evidenciou tratar-se de uma entorse. De imediato foi iniciado tratamento medicamentoso e fisioterápico. A ginasta tem respondido bem ao tratamento. Estamos confiantes de que, nos próximos dias, Duda já retorne aos treinamentos e que na sexta-feira possa performar bem”.
O fisioterapeuta que acompanha a delegação, Paulo Márcio P. Oliveira, descreveu o trabalho que está sendo feito. “Iniciamos de imediato o tratamento medicamentoso e fisioterapêutico, e com acompanhamento psicológico, graças à equipe multidisciplinar que foi mobilizada. A atleta continua evoluindo da melhor forma possível. Continuamos o trabalho para que ela tenha as melhores condições para contribuir na disputa por essa vaga olímpica”, afirmou o profissional.
A treinadora Camila Ferezin, disse que a Seleção cumpriu o treinamento de pódio, da forma mais adequada possível. “Estamos dando prioridade à recuperação da Duda. As meninas se superaram, principalmente as ginastas que entraram na última hora para substituir a Duda, que são a Bárbara e a Giovanna”, disse a comandante.
“A gente conseguiu cumprir o que é esperado num treinamento de pódio, que é entrar na quadra, se ambientar, mentalizar, reconhecer o local, a estrutura e a iluminação, que é bastante importante. Missão cumprida com louvor, porque elas realmente conseguiram se superar e estamos felizes com isso. Um dia de cada vez para chegarmos na sexta-feira e darmos o nosso melhor”, acrescentou Ferezin.