Com disputas no Rio Grande do Sul, nível nacional se equivale ao Mundial
Miguel Silva estreia no Brasileiro abrindo a décima fila da F-4 Júnior com a Dai Motorsport
Por: Vitória Bronzati
O kartismo brasileiro já foi muito defasado em tecnologia e competitividade em relação aos principais centros do esporte, como Itália, Inglaterra e França. Os pilotos brasileiros tinham poucas chances no campeonato mundial em virtude dos equipamentos fabricados aqui e o tipo e nível de disputas em nossos certames regionais e nacionais.
No entanto, a pole position de Gabriel Gomes em 2021, o título de Matheus Morgado no ano passado, e a liderança e velocidade de Gomes na final desta temporada, em que deixou de conquistar na semana passada o segundo título Mundial consecutivo para o Brasil por ser atingido por um concorrente estabanado, mostra que estamos no caminho certo. E isto pode ser conferido no 58º Campeonato Brasileiro de Kart, que oficialmente teve início na quarta-feira (11/10), no Circuito Internacional Techspeed, em Nova Santa Rita, a 25 quilômetro de Porto Alegre (RS), com a tomada de tempos para a formação do grid de 16 categorias.
“Aqui o buraco é mais embaixo, mesmo participando do principal campeonato regional que tem (Copa São Paulo Light) e de outro muito forte também e com grid bem grande”, explica o estreante no Brasileiro, Miguel Silva (Duvale Distribuidora de Petróleo e Álcool/SOS Bike Móvel), líder da classe Rookie da F-4 Júnior na V11 Aldeia Cup. “Aqui eu acho bem mais legal e forte comparado com a Copa do Brasil. Na minha categoria são 34 pilotos de vários Estados do Brasil, e muitos correndo com apoio de até cinco fábricas diferentes”, conta o garoto de 12 anos de idade, que nesta semana está completando o seu primeiro ano de experiência no kartismo.
Inscrito na categoria F-4 Júnior, Miguel Silva vai largar para a primeira bateria classificatória, nesta quinta-feira, da décima fila, com um Techspeed da Dai Motorsport. “O kart está muito bom, acertamos nos cinco treinos livres desta semana. A surpresa foi a chuva na hora da tomada de tempos. Espero fazer uma largada boa e ter um bom ritmo nas baterias classificatórias, para chegar bem posicionado para a Final no sábado (14/10)”, completou o representante da Duvale Distribuidora de Petróleo e Álcool/SOS Bike Móvel.
O certame nacional é composto de duas baterias classificatórias de 13 voltas na quinta-feira no traçado de 1.500 metros, a Pré-final com 15 voltas na sexta-feira, e a Final no sábado, com 17 voltas. Todas as atividades podem ser acompanhadas ao vivo pelo canal do YouTube. As finais no sábado (14/10) serão transmitidas pelo SporTV, a partir das 14h. A cronometragem em tempo rel pode ser acompanhada por www.cronoel.com.br e nos aplicativos racemonitor, mylaps e racehero.
