Sob comando de Diniz, Fluminense conquista a primeira Libertadores de sua história

Diante do Maracanã lotado, o torcedor do Fluminense pôde comemorar o título que esperava desde 2008: a Copa Libertadores da América. No último sábado (4), o tricolor entrou para a história após vencer o hexacampeão, Boca Juniors, em uma partida emocionante. 

Quinze anos após disputar sua primeira final e perder para a LDU, o clube carioca chegou em busca da vitória. Em um jogo que começou com poucas oportunidades, o Fluminense sentiu a pressão de enfrentar uma equipe seis vezes campeã da competição. Já os argentinos marcavam com uma linha mais baixa, e buscavam aproveitar os contra-ataques. 

Seguindo o “dinizismo”, o Fluminense buscou a posse de bola e focou em manter um lado mais povoado, levando as construções das jogadas para a direita, e foi daí que saiu o primeiro gol. No final do primeiro tempo, o artilheiro da competição, Cano, marcou o 13º gol dele e abriu o placar para o tricolor. 

Porém o jogo estava longe de ser resolvido. O lateral do Boca, Advíncula, empatou e a partida foi para a prorrogação. John Kennedy, que entrou no segundo tempo, marcou para o Flu, cumprindo a profecia de Diniz, que disse que ele faria o gol do título.  

“Ele tem muito talento. Nunca foi um jogador dedicado, mas esse ano foi. Ele é especial. Eu falei que ele tem um poder de decisão muito grande. Eu tenho como pilar central do meu trabalho olhar para o jogador de uma forma diferente. Se fosse em outro lugar ele não teria a oportunidade de fazer o gol do título”, disse o técnico tricolor .

Os minutos finais da prorrogação foram de tirar o fôlego, Guga teve a chance de ampliar, mas a bola foi na trave, o Boca se esforçou para levar a decisão aos pênaltis, mas foi em vão. Com o apito final, o Flu comemorou pela primeira vez a Glória Eterna. 

O responsável por comandar o triunfo, Fernando Diniz, falou após o jogo sobre sua forma de conduzir o time. “Enquanto eu estiver trabalhando vou continuar seguindo minhas convicções. Minha maior convicção é fazer tudo pelos jogadores. O que eu falaria para o Diniz de ontem, de hoje e de amanhã, eu não considero uma pessoa que é um grande campeão só porque ganhou um título. Para mim o campeão é o que não desiste, que trabalha com honestidade, coragem”, afirmou.