Bernardinho volta ao comando da seleção masculina de vôlei
Bicampeão olímpico pelo Brasil, o técnico vai assumir a equipe até os Jogos Olímpicos de 2024
Por: Ana Clara de Assis Praxedes
A Confederação Brasileira de Voleibol, a CBV, anunciou nesta quarta-feira (27), o retorno de Bernardinho ao comando da seleção brasileira masculina de vôlei. O técnico bicampeão olímpico pelo Brasil vai assumir a equipe até os Jogos Olímpicos de 2024, e após o período, seguirá como coordenador. Ele chega para substituir Renan Dal Zotto, que pediu demissão em outubro desse ano, logo após a classificação do Brasil para os Jogos de Paris.
Bernardinho já estava trabalhando com a CBV, mas como coordenador das seleções masculinas, desde a base até o adulto, e anunciou por meio das redes sociais que assumirá o cargo de técnico. “Com a decisão pessoal do Renan de se afastar momentaneamente do voleibol e da seleção brasileira, eu assumo este cargo, no intuito de dar continuidade ao belo trabalho feito e a contribuir de alguma forma com a minha experiência para que a gente possa buscar uma tão almejada medalha em Paris”.
Aos 64 anos, o técnico retorna à seleção masculina após cerca de sete anos fora. Ele comandou a equipe entre 2001 e 2016, e nestes anos conquistou medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2004, em Sydney, e em 2016, no Rio de Janeiro. Além dos ouros, garantiu também duas pratas com o time masculino, em 2008 e 2012, e dois bronzes com a feminina, em 1996 e 2000.
Com vasta experiência, Bernardinho treinou a França no início de 2021, mas no ano passado pediu demissão devido a problemas familiares. Atualmente, é técnico do time feminino do Sesc-Flamengo, do Rio de Janeiro, e irá dividir o cargo junto ao comando da seleção masculina.
Radamés Lattari, presidente da CBV, foi responsável por trazer o técnico de volta à seleção. Após a equipe ficar fora do pódio nas Olimpíadas de Tóquio 2020 e fazer um pré-olímpico desanimador este ano, Lattari viu no técnico carioca uma esperança. “Bernardinho tecnicamente é indiscutível, as suas qualidades, tem experiência, fazia parte do processo como coordenador, acompanhou o trabalho do Renan. Nesse momento, a solução ideal é o Bernardinho”.
