Presidente da FIA é investigado por interferir no resultado de corrida da Fórmula 1

A interferência teria acontecido no GP da Arábia Saudita em 2023

Postado em: 06-03-2024 às 15h51
Por: Ana Clara de Assis Praxedes
Imagem Ilustrando a Notícia: Presidente da FIA é investigado por interferir no resultado de corrida da Fórmula 1
presidente da FIA está sob investigação por supostamente interferir em uma corrida de Fórmula 1 no ano passado (Divulgação/FIA)

A Federação Internacional de Automobilismo, a FIA, anunciou em nota oficial nesta terça-feira (5) que o presidente da entidade, Mohammed Ben Sulayem, está sob investigação após suposta interferência no resultado de uma corrida da Fórmula 1 em 2023. Segundo a denúncia anônima, o presidente tentou intervir e anular uma penalidade aplicada ao piloto Fernando Alonso, da Aston Martin, no GP da Arábia Saudita em 2023. 

A investigação foi noticiada pela emissora britânica BBC, que teve acesso ao relatório da denúncia. De acordo com documento, o presidente da entidade supostamente tentou alterar a punição que retiraria Alonso do pódio da corrida. O informante afirmou que Sulayem ligou para o vice-presidente da FIA na região do Oriente Médio e Norte da África, o Sheikh Abdullah bin Hamas bin Isa Al Khalifa, para pedir que a penalidade fosse anulada.

Na ocasião, Fernando Alonso havia terminado a corrida em terceiro lugar no Grande Prêmio em Jeddah, mas após o fim, recebeu uma penalidade de dez segundos, por trabalhos realizados no carro do espanhol antes da conclusão de uma penalidade anterior de cinco segundos. A decisão tirou o piloto do pódio, que, de terceiro, foi para quarto lugar. No entanto, a penalidade foi revertida e Alonso permaneceu na terceira colocação.

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Na nota divulgada, a Federação não citou o nome de Ben Sulayem, mas afirmou que “departamento de compliance está avaliando a situação, como é comum neste assunto, para garantir que o processo seja seguido meticulosamente”. O Comitê de Ética segue a investigação e pretende concluir o relatório em um período de quatro a seis semanas. Ainda de acordo com a BBC, pessoas do alto escalão da Fórmula 1 e próximas da FIA confirmam o caso.

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