Com McLaren Senna, Bruno Senna presta homenagem à icônica volta de abertura do tio no GP da Europa de 1993, em Donington Park

Bruno estabelece a volta mais rápida do circuito de um carro de produção com o McLaren Senna

Postado em: 29-05-2024 às 15h42
Por: Vitória Bronzati
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Trinta anos depois, Bruno Senna, sobrinho de Ayrton, pilotou um McLaren Senna no mesmo circuito em homenagem a uma das atuações mais brilhantes da categoria | Foto: McLaren Automotive

O nome Senna retornou a Donington Park na série de comemorações da McLaren ao redor do legado de Ayrton Senna, 30 anos após a última corrida do lendário piloto de Fórmula 1, em maio de 1994.

Inspirado pelo incrível desempenho de Ayrton Senna no Grande Prêmio da Europa de 1993, no circuito de Leicestershire, no Reino Unido, o sobrinho de Ayrton, Bruno Senna, foi para a pista com um McLaren Senna em homenagem à pilotagem épica de seu tio.

Realizada em 11 de abril de 1993, a corrida de Donington Park será para sempre memorável, não apenas por ser palco de uma das vitórias mais desafiadoras de Ayrton Senna, mas também por aquela que é amplamente considerada uma das maiores voltas da história da Fórmula 1.

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Pilotando o McLaren MP4/8 nas severas condições de pista molhada que forjaram sua reputação de “Rei da chuva”, Senna passou da quinta para a primeira posição na primeira volta. Recuperando-se de uma largada ruim com talento excepcional e habilidades instintivas que foram sua marca registrada, o piloto brasileiro saiu da linha de traçado convencional em alguns trechos para ultrapassar quatro pilotos (entre eles, um campeão em atividade e dois futuros campeões mundiais) com incrível estilo, com manobras individuais em diferentes partes do circuito de 4 quilômetros. Essa volta, uma das mais imperiosas de Senna, ficou conhecida como a “Volta dos Deuses”.

Essa primeira volta icônica foi o início de um desempenho dominante na corrida, vencida por Senna com mais de 1 minuto e 23 segundos sobre o segundo colocado, o único a não tomar uma volta do brasileiro – que registrou assim a maior margem de vitória que alcançou em sua carreira na Fórmula 1.

A tradição da corrida entre os fãs da Fórmula 1 e de Ayrton Senna também se estende ao incomum troféu do vencedor, que foi erguido pelo vitorioso e exultante Senna no pódio. Esse troféu representa o personagem de videogame Sonic the Hedgehog, uma das principais criações da empresa de entretenimento SEGA, que patrocinou a corrida de 1993. A McLaren mantém este troféu até hoje.

A corrida de Donington Park foi exatamente o tipo de desempenho que consolidou Ayrton Senna como um piloto com habilidades notáveis, que poderia ir além do melhor da competição por meio do comprometimento total para extrair o máximo de seu talento e de seu carro repetidas vezes – um espírito no qual a McLaren continua inspirada três décadas depois.

Homenageando a famosa exibição, Bruno Senna foi para a pista no hipercarro da McLaren que leva o nome de Senna e canaliza toda essa dedicação ao desempenho na pista: o McLaren Senna.

O McLaren Senna é o McLaren de rua mais extremo já construído e o mais voltado para as pistas dos McLaren da série Ultimate. Destaca-se não apenas pelo incrível nível de desempenho, mas pela capacidade de criar uma conexão inata entre carro e motorista, totalmente apropriada a um automóvel esportivo inspirado no estilo de direção de Ayrton Senna.

“Naquela primeira volta em Donington Park, em 1993, Ayrton estava em outro planeta, em uma dimensão diferente até para os pilotos de elite. Foi uma conquista incrível realizar tal pilotagem em condições tão difíceis e complicadas e contra carros mais competitivos. Para mim, é uma daquelas corridas que não se pode esquecer, como a de Portugal em 1985 e do Brasil em 1991”, afirma Bruno Senna.

“Donington é uma pista divertida e é claro que o clima pode influenciar aqui, mas hoje foi bem diferente da corrida de 1993. Em um carro superleve e com alto downforce como o McLaren Senna, você pode realmente sentir o incrível fluxo e a mudança de elevação. E, claro, a velocidade”, acrescenta o sobrinho do tricampeão.

“Os nomes McLaren e Senna estão fortemente interligados. Ter esse trabalho conjunto para lançar o McLaren Senna, um carro que com certeza deixaria Ayrton extremamente orgulhoso, é uma grande conquista”, conclui o ex-piloto de F1.

Com peso seco de apenas 1.198 kg, possibilitado por seu chassi e painéis de carroceria Monocage III, de fibra de carbono, e um motor 4.0 V8 biturbo de 800 cv, o McLaren Senna tem uma relação peso-potência de surpreendentes 668 cv por tonelada. O poderoso pacote aerodinâmico da gama Ultimate, mais voltado para as pistas, inclui elementos ativos dianteiros e traseiros, capazes de gerar até 800 kg de downforce, enquanto os freios derivados do automobilismo proporcionam um poder de frenagem sem precedentes: a 200 km/h são necessários apenas 100 metros até a parada total.

Com a épica volta de Ayrton em mente durante a criação do vídeo de tributo, Bruno repetiu as façanhas do tio ao completar uma volta no circuito em 1min30s5s, estabelecendo um novo recorde de volta não oficial para um carro de produção no traçado do Grande Prêmio de Donington Park.

“Ayrton era um mestre em exibições incríveis criadas com pura dedicação ao seu ofício, sempre buscando a perfeição. Essa busca tenaz pelo melhor fez dele a escolha perfeita para a McLaren, onde esse espírito perdura em tudo o que fazemos nas ruas e na pista. Criar um novo pedaço de história ligando Senna a Donington, com seu sobrinho Bruno no carro que leva o nome e inspirado no legado de Ayrton, é um momento especial”, declara Michael Leiters, CEO da McLaren Automotive.

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