Clássicos no Olímpico não trazem favoritismo

*Luiz Felipe Mendes

Neste fim de semana, entre sábado e domingo, o Campeonato Goiano apresenta os jogos de ida das semifinais de 2019. Amanhã, tem clássico Go-Go às 16 horas, no Estádio Olímpico, entre Goiânia e Goiás. No domingo, Vila e Atlético se enfrentam também às 16 horas e no Olímpico. Com apenas equipes da capital participando da penúltima etapa, o favoritismo é bastante imprevisível, mas é possível medir quais estão apresentando o melhor futebol.

Primeiramente, vamos analisar o confronto que abre as semifinais da temporada. De um lado, temos o Goiânia, que retornou à elite estadual depois de dez anos e logo de cara conseguiu avançar até o mata-mata. Do outro, temos o Goiás, atual tetracampeão seguido e com um elenco que vai disputar a Série A do Brasileirão durante o ano. Olhando na superfície, a balança pesa muito mais para o lado esmeraldino, ainda mais se levarmos em conta que foi o melhor time da primeira fase, com apenas uma derrota para o Atlético. Porém, clássico é clássico e com isso não se pode brincar. O Galo, por incrível que pareça, está em um momento de confiança maior, pois bateu heroicamente o Goianésia nas quartas de final para poder ir até as semis. A expectativa de voltar a disputar uma decisão pela primeira vez desde 1985 também é uma forte injeção de ânimo dentro do clube.

Na primeira fase, Goiânia e Goiás se encontraram duas vezes. Logo na rodada inicial, o alviverde venceu facilmente por 3 a 0, apresentando um futebol promissor. No segundo embate, a missão já foi mais difícil, mas ainda assim a vitória ficou com o esmeraldino, desta vez por 2 a 1. Nas quartas de final, o Galo empatou em 1 a 1 o jogo de ida e depois ganhou por 3 a 2 do Goianésia. O Periquito, por sua vez, aplicou um 3 a 1 sobre a Aparecidense, mas depois perdeu por 2 a 1, seu segundo revés no torneio e na temporada. Com isso, cada lado tem suas vantagens. O Goiânia tem o fator momento e uma forte motivação. Já o Goiás possui um plantel bem superior e um retrospecto favorável em relação ao próprio rival.

A outra partida, no domingo, é entre Vila Nova e Atlético. Os dois começaram o ano mais ou menos no mesmo patamar – a lembrança de um acesso à Série A do Brasileiro quase conseguido na temporada anterior e um início de 2019 um pouco irregular. Ao longo dos jogos, no entanto, o cenário começou a mudar. Na primeira fase do Goianão, o Tigre terminou em quinto lugar, com 19 pontos, cinco vitórias, quatro empates e três derrotas. O Dragão, por sua vez, finalizou em segundo, com 28 pontos, nove vitórias, um empate e duas derrotas. Além disso, o rubro-negro já mostrou ter mais força do que o colorado neste início de ano, sendo o único a ter batido o Goiás na etapa inicial. Para completar, os atleticanos têm uma sequência de sete jogos sem perder, em ascensão dentro do Campeonato Goiano.

Nas quartas de final, o Dragão teve de longe o melhor rendimento em campo. No jogo de ida, derrotou a Anapolina por 3 a 0. Depois, goleou por 4 a 1, culminando em um agregado de 7 a 1. O ataque cada vez mais entrosado, envolvendo Jorginho, Matheus e Pedro Raul, assim como Gilsinho e Mike, pode fazer a diferença. O “agora” vilanovense é um pouco diferente. No confronto de ida contra o CRAC, venceu por 2 a 0. Na volta, foi superado por 1 a 0. Na primeira fase, já não vinha de um bom momento, com três derrotas nas últimas cinco partidas. Ainda assim, aposta na solidez defensiva para parar os rivais e no talento de Alan Mineiro para conseguir uma passagem para a final estadual. De qualquer forma, de uma coisa já sabemos sobre a grande decisão: ela será um clássico do futebol goiano e uma reedição de alguma final do passado.