Que os jogos comecem

Pan-Americano realiza sua cerimônia de abertura e o Brasil tenta igualar a melhor campanha no ranking geral de sua história

Postado em: 26-07-2019 às 06h00
Por: Sheyla Sousa
Imagem Ilustrando a Notícia: Que os jogos comecem
Pan-Americano realiza sua cerimônia de abertura e o Brasil tenta igualar a melhor campanha no ranking geral de sua história

Felipe André e Luiz F. Mendes

Apesar de ter iniciado algumas modalidades na última quarta-feira (24), os jogos Pan-Americanos só realizam sua cerimônia de abertura hoje, às 20h30 (horário de Brasília), em Lima, no Peru. Como não poderia faltar, a música será comandada pelo porto-riquenho Luis Fonsi, o cantor de “Despacito”, enquanto os atletas desfilam com as bandeiras de seus respectivos países. Serão mais de 6000 atletas, de 41 nações, disputando 419 medalhas de ouro na competição que será disputada até o dia 11 de agosto.

A festa para a apresentação de Fonsi vai contar com mais de mil participantes, entre músicos, bailarinos e acrobatas. Como é de praxe, é esperada uma apresentação sobre a história do país peruano com muitas luzes e fogos de artifício. O Estádio Nacional de Lima deverá receber cerca de 50 mil espectadores e o Comitê Organizador do Pan projeta que mais de 400 milhões de pessoas pelo mundo vão acompanhar o acontecimento.

Continua após a publicidade

E o Brasil?

O Brasil busca repetir sua melhor colocação na história do Pan-Americano, quando em 1963, ano que foi realizado em São Paulo, os brasileiros ficaram na segunda colocação geral, atrás apenas dos Estados Unidos. Apesar de ter alguns desfalques importantes e não estar disputando nem o futebol masculino e nem o feminino, vai ter força máxima em diversas modalidades.

Enquanto o foco principal ainda está nos Jogos Olímpicos de Tóquio no próximo ano, nada melhor que o Pan-Americano como uma devida preparação. A briga pelo segundo lugar na classificação geral, já que o primeiro deve ser dos Estados Unidos, será contra Canadá e Cuba. A projeção brasileira é de 48 ouros, apesar de não ser o suficiente para assegurar o segundo lugar nas últimas edições. Em 2015, o Canadá somou 78 ouros, mas a evolução de Colômbia e Argentina, que devem brigar pela quarta e quinta colocação geral, devem fazer com que a “média” abaixe.

Os Estados Unidos, assim como em qualquer outra edição, não devem ter problemas para disparar como primeiros colocados no ranking geral; eles projetam 120 ouros. A delegação estadunidense vai com força máxima em pelo menos vinte modalidades, entre elas: badminton, boxe, canoagem, esgrima, tiro esportivo, tiro com arco, luta olímpica, entre outras. Na natação, a equipe é a reserva, mas com seis campeões olímpicos. No atletismo, um misto de time titular, com quatro líderes do ranking mundial, e reservas. Na ginástica, a equipe masculina é totalmente reserva, mas a feminina tem parte das titulares. No basquete e tênis, as equipes estão longe de contar com os melhores atletas do país, enquanto no remo é um time B.

Os destaques

Entre os diversos destaques brasileiros está Arthur Nabarrete Zanetti, de 1,56m, natural de São Caetano do Sul, no estado de São Paulo. O ginasta já somou dois ouros e duas pratas no Pan, além de um ouro e uma prata nas Olimpíadas. Arthur se tornou referência mundial na modalidade de argola, mas em Lima para ajudar a delegação brasileira também vai competir no solo e no salto. Ele vai competir entre os dias 27 e 31 de julho no Peru.

Outra estrela da delegação é Isaquias Queiroz dos Santos que acumula dois ouros e uma prata no Pan, enquanto nas Olimpíadas tem duas pratas e um bronze. O brasileiro que nasceu em Ubaitaba, no sul da Bahia, tem apenas 25 anos e fez história ao se tornar o primeiro atleta brasileiro a conquistar três medalhas em uma única edição da Olimpíada. Ele vai competir em Lima entre os dias 27 e 30 de julho.

No judô feminino, temos dois nomes de peso. Rafaela Silva, aos 27 anos, foi campeã olímpica no Rio de Janeiro há três anos e está em busca do posto mais alto dentro do Pan-Americano, ainda inédito. Ela, que já conquistou um bronze em 2015 na cidade de Toronto e uma prata no ano de 2011 em Guadalajara, é uma das favoritas para a competição. Mayra Aguiar é outra atleta consolidada no mesmo esporte. Com a mesma idade de sua compatriota, ela tem dois bronzes em Jogos Olímpicos e duas pratas e um bronze em Pan-Americanos. Em busca de seu primeiro ouro, assim como Rafaela, ela é um forte nome para a modalidade.

Ainda na categoria feminina, Jade Barbosa vive uma situação complicada. Uma das mais talentosas da ginástica artística brasileira, a carioca de 28 anos pode ser cortada dos Jogos na capital peruana. Ela sentiu um problema no joelho nos treinos da última quarta-feira e tem risco de ficar de fora do campeonato, um mês e meio depois de Rebeca Andrade também deixar a delegação. Jade sofreu uma torção no joelho esquerdo e ainda será totalmente avaliada, mas as chances dela não nos representar em Lima são grandes. Porém, se tudo tiver um final feliz, o Brasil terá um reforço considerável na ginástica.

Resultados

Apesar da cerimônia de abertura ser apenas hoje, os Pan-Americanos já estão rolando a todo vapor, e o Brasil já tem alguns resultados na conta. Na primeira série do boliche masculino, a dupla formada por Bruno Costa e Marcelo Suartz terminou na 13ª posição, com um total de 1217 pontos. No vôlei de praia masculino, Oscar e Thiago venceram os uruguaios Mauricio Vieyto e Marco Cairus por 2 a 0. As parciais foram de 21/16 e 21/14. Como já haviam derrotado uma dupla costarriquenha no dia anterior, os brasileiros se classificaram para a próxima fase. No feminino, Ângela e Carol Horta bateram as chilenas María Rivas e Maria Mardones por 2 a 0, com parciais de 21/16 e 21/19, e também avançaram. Já no squash masculino, Diego Gobbi perdeu para o guatemalteco Alejandro Enriquez por 3 a 2. Pedro Mometto também saiu derrotado, sofrendo um revés de 3 a 1 diante do canadense Shawn Delierre.

 

Veja Também